Minha lista de blogs

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Enquanto o poeta dorme - Um duo...

Eu sou...
Tudo ou nada...
Sou forte ou frágil
Dependo do momento
Sou como cristal furta-cor
Que se sujeita a projeção...
da luz no vento
Amando faço que preciso for
Não me julgue...
Sou simplesmente mulher
Sinônimo do amor!

(Rô Lopes) 






A flor que já murchou, a nossa mão,
Joga na terra, onde surgiu, um dia.
A espera de que o tempo em que vivia
Desfaça suas pétalas, no chão.

Mas se você prestar bem atenção
Perceberá o que antes nem sabia:
Morta, o seu perfume ainda esparzia,
Como se fosse o adeus de um coração.

E então o vento chegará, levando,
O resto que era flor, despetalada,
Até se desmanchar, agonizando.

E eu nunca esquecerei a flor sumida:
Pelo perfume ela será lembrada,
Pela beleza sempre terá vida


(Théo Drummond)


Tento inutilmente
disfarçar meus impulsos
Mas sei que sou
uma imperiosa
vontade de ti."

Marlene Gomes



Depois de um longo dia,
A noite vai chegando.
E eu procurando alguma coisa,
Preciso aliviar esta tensão.
Paro penso...
E só me lembro de você.
Então?
Porque não vem fazer comigo.
O que eu queria fazer com você.

( Amy )


Amo-te tanto, meu amor ... não cante
O humano coração com mais verdade ...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

( Vinícius de Moraes )




A chegada

Aparecem as flores na terra
E a vinde em flor, imaculada.
Ao fim a ânsia da espera,
É a chegada de minha Amada.

Hei-lá aí, vem, ó meu Amor
Já escuto o teu falar,
São meus os teus afetos
Que tanto tenho a esperar.

Agradável é a tua face.
Tu és a luz dos meus caminhos
E no oculto das ladeiras
Tu és o lírio entre os espinhos.

Venha-me sob a luz da lua
Na sua densa claridade,
E pelas fendas das penhas
Como um luzir de felicidade.

Tu és como o próprio Sol
No seu clarão em esplendor.
Tu és a Vida de minha Vida
E para sempre o meu Amor.

(Poeta- Dolandmay)



Maior Amor

Quem sabe, amor, um dia
Na luz clara dos céus
Eu possa lhe dizer 
Ainda sob os teus véus
Que a minha chama erguida 
Se foi distante de você
Para que pudesse compreender
O quanto eu te amo!

Quem sabe a minha saudade
Possa lhe trazer a dignidade
Do meu imenso amor por ti!

E na luz do teu engano,
Quem sabe o tudo que senti,
O querer que não me deu
E que ainda sinto no meu peito
Maior que tudo e tão perfeito
Não mais te irão existir.

Quem sabe a minha saudade
Possa lhe trazer a dignidade
Do meu imenso amor por ti!

(Poeta Dolandmay)




Versos de Tortura

Sou de ti, oh minha bela, a sua saudade,
As lembranças de seus momentos de amor,
Sou o teu rastro de tristeza e vaidade
Que estendes em versos; lágrimas de dor...

Não! Não quiseras ser assim, o seu langor.
Na vida, oh meu bem, sou-te lealdade;
O teu sentir puro! Eu sou a tua verdade
No imenso afeto de seu peito; o esplendor!

Ah! Amor, sou todo o seu querer, ardente;
O seu tremor! No pensar infinito da vida
Eu sou a tua forma de amar simplesmente!

Mas também de sua tristeza, eu sou pudor!
Tão igual como as suas lágrimas, querida,
Pois que vivo exatamente, do mesmo amor!

(Poeta Dolandmay)







Canção da espera

Nas formas dos meus sentidos
D’onde vêm a minha essência,
Baila os teus cabelos compridos
Sem forma e nem aparência.

No infinito onde te guardo,
A rogar por teu amor eterno
Carrego a costa o meu fardo
A não descumprir o amar sincero.

Como os ventos você me passa
Sem me enxergar aqui na terra,
E como se eu fosse uma farsa
Bem lá ao sul você se encerra.

Nesses ventos em contra mão
Estão os meus olhos a cegar,
E dentre o meu corpo o coração
Só te guarda à hora de chegar.

E como a esperança é sem fim,
Eu lhe esperarei por todo o tempo...
Que você se esbarre sobre mim
Dentre os séculos em movimento.

(Poeta Dolandmay)
Do meu amor...

Diga-me! Apenas as palavras raras,
Não te enfeite a boca de espinhos...
Oh, diga-me! Apenas as palavras claras,
Quais as do cântico dos passarinhos!

Diga-me! No amor que te há no peito,
Há paixão, versos que é deleite! O gozo,
É de o seu delírio, e de nós, é feito
D’um delicado e intenso ato amoroso!

Diga-me! Que de orgulhos a alma canta,
E do distinto e nobre amor se levanta
Sob as sombras que te hás pelo caminho...

Amo-te! Meu amor, como eu te amo!
Diga que te é o meu amor soberano,
E que meu colo para sempre é teu ninho!

(Poeta Dolandmay)




 "Vou esperar sempre por um mundo melhor, nem que ele seja em outro planeta...
 Todas as pessoas deste, conheço de cor. Cansei !
Carolina Salcides
Cartas de amor
Jenário de Fátima 

Já não se escreve mais cartas de amor...
Já não se envia mais doces relatos...
Já não se data as costas dos retratos
Aqueles que com tempo perdem cor.

Tudo hoje é feito no computador
E nesta nova forma de relato
O que se vê é tão somente um fato;
- O romantismo já não tem valor-

E, por mais que o Homem mude seus costumes,
Sempre haverá nos céus distantes lumes
Das estrelinhas que nos dão ajuda.

Quando nós vemos n´alma angustiada
Somente a ausência da pessoa amada
Presa na dor de amar, que nunca muda!