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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010




Depois de ti sobejaram-me
Apenas resquícios de sonhos,
Pedaços de mim amolgados
Com força pela tristeza.

Minha alma está dilatada 
Empurra para fora um embrião de felicidade,
Tento não abortar,
Mas já sangro pelos poros, pelos olhos.

Busco uma face para afagar,
Entregar carinho a fim de reter ventura.
Mas apalpo apenas a brisa, acarinho um nada.
Flutua sobre mim ensaios de felicidade,
Dentro da minha alma atua uma tempestade.

Mila

Há de que se ter cuidado com os nomes que damos aos sentimentos. Paixão, amor, carinho, amizade, desejo. Quando uma pessoa sente-se arrebatado por um sentimento que muitas vezes dá o nome de amor deve avaliar e fazer perguntas básicas a si mesmo sobre esse tal sentimento.
Observando esse mundão de deus, analisando as mudanças em pouco espaço de tempo das vidas das pessoas, pude perceber que as pessoas não costumam amar com motivos. Amar alguém deveria estar ligado às qualidades, às trocas, à boa convivência, ao cuidado, ao querer bem, à admiração e principalmente ao respeito entre as diferenças. Mas voltando ao mundão de meu deus, o que vejo por aí são pessoas amando o sentimento de amar. Não importando necessariamente o que aquela pessoa significa para você. Não importando os defeitos e qualidades de quem está ao seu lado e nem que tipo de relação têm. O que importa é ter alguém pra caber nos seus sonhos de não estar só. O que importa é ter alguém que você coloca dentro de seus projetos como se fosse um bonequinho que se encaixasse perfeitamente ao cenário.
O problema é que a vida é real e muitas vezes esse tal “amor” vê-se não correspondido. Aí vem o sentimento de dor, sofrimento, e pensamentos tipo : “oh, como amava aquela pessoa”. Ledo engano! Para ilustrar. Fulaninha “amava” sicrano perdidamente. Sicrano era o homem com quem ela sempre sonhara casar. Sicrano até deu bola por alguns meses, mas logo caiu fora. Fulaninha sofreu horrores e pensou que não ia se curar do “amor” que sentia por sicrano. Fulaninha conhece em pouco tempo beltrano. De repente, como num piscar de olhos, beltrano passa a ser o homem da vida de fulaninha e a troca de anéis foi só uma questão de tempo. E aí? Fulaninha amava sicrano e hoje ama beltrano? Não! Fulaninha ama qualquer um que se encaixe nos seus projetos. Quem estiver disposto ta na vez! Fulaninha é apenas uma ilustração do tipo de pessoa que observo existir por aí aos montes.
É isso que homens e mulheres tem feito por aí. E quando encontramos homens ou mulheres que são seres humanos maravilhosos e essa qualidade nos faz confundir o que os mesmos sentem por nós? Tenho uma amigo que dizia que quando namorava uma moça era um homem com “H” de verdade para ela. Que era um namorado de verdade! Me assustei com aquela revelação e perguntei: mesmo se você não gostar dela? E ele disse: sim! Pasmem! Coitadas das meninas que cruzarem seu caminho! Há muitos desses por aí! Fica a pergunta: pra que ter alguém por ter?
Penso que quando se chega a certo patamar de experiências amorosas fica-se de saco cheio desse mundinho medíocre de gente não instruída para o verdadeiro sentimento de amar. E nós perdidos entre elas. Há lugar para aqueles que sabem o que querem? E será que as que sabem  o que querem, o sabem mesmo?

Livia Cavalcanti


Um homem e uma mulher vivem uma intensa relação de amor, e depois de alguns anos se separam, cada um vai em busca do próprio caminho, saem do raio de visão um do outro.
Que fim levou aquele sentimento?
O amor realmente acaba?
O que acaba são algumas de nossas expectativas e desejos, que são substituídospor outros no decorrer da vida.
As pessoas não mudam na sua essência, mas mudam muito de sonhos, mudam de pontos de vista e de necessidades, principalmente de necessidades.
O amor costuma ser moldado à nossa carência de envolvimento afetivo, porém essa carência não é estática, ela se modifica à medida que vamos tendo novas experiências, à medida que vamos aprendendo com as dores, com os remorsos e com nossos erros todos.
O amor se mantém o mesmo apenas para aqueles que se mantém os mesmos.
Se nada muda dentro de você, o amor que você sente, ou que você sofre, também não muda.
Amores eternos só existem para dois grupos de pessoas.
O primeiro é formado por aqueles que se recusam a experimentar a vida, para aqueles que não querem investigar mais nada sobre si mesmo, estão contentes com o que estabeleceram como verdade numa determinada época e seguem com esta verdade até os 120 anos.
O outro grupo é o dos sortudos: aqueles que amam alguém, e mesmo tendo evoluído com o tempo, descobrem que o parceiro também evoluiu, e essa evolução se deu com a mesma intensidade e seguiu na mesma direção.
Sendo assim, conseguem renovar o amor, pois a renovação particular de cada um foi tão parecida que não gerou conflito.
O amor não acaba.
O amor apenas sai do centro das nossas atenções.
O tempo desenvolve nossas defesas, nos oferece outras possibilidades e a gente avança porque é da natureza humana avançar.
Não é o sentimento que se esgota, somos nós que ficamos esgotados de sofrer, ou esgotados de esperar, ou esgotados da mesmice.
Amor é aquilo que a gente deixa ocupar todos os nossos espaços, enquanto for bem-vindo, e que transferimos para o quartinho dos fundos quando não funciona mais, mas que nunca expulsamos definitivamente de casa...

Vou dizer que te quero!







Foi-se o tempo...

Me atento as nuances esquecidas
na tela amarelada de nossas vidas...
Busco motivos dentro da solidão,
onde tudo se faz mais sereno,para
compreender o que foi de nós...
Encontro ainda e somente os vazios
que não preenchemos enquanto
tivemos tempo...

(Cida Luz)




HOJE...

Hoje acordei triste.
com saudade de nós
e dos meus sonhos...

Dos amores sem fim,
da alegria em mim,
como se no mundo
existisse somente
amor e felicidade!

Felicidade em poder ser,
em sentir, em querer,
e em ter de novo você.

Saudades de quando
minha alma sorria ao
sentir um bom dia do sol.

De quando meu coração
batia em descompasso
ao sonhar os sonhos seus,
e que na realidade hoje
vejo que foram só meus!

Saõ inevitáveis todos
estes momentos de dor,
mas sossega alma minha,
vamos acreditar que
nossos sonhos voltarão...

(Renata Mangeon)
O AMOR E O ALIMENTO

O alimento é como o amor
Você tem que comer todo dia
Se não tiver comida há dor
E acabou-se a alegria.

Sem comida ninguém vive
Sem amor a gente morre
Muita gente sem comida convive
E muitos tem de porre.

Vocês me cobram poesia
O poeta sabe a dor que sofre
Na tristeza ou na alegria
O poeta nunca morre.

Se achou que acabou a inspiração
Dai que vocês se enganaram
Porque o poeta sofre do coração
Dai que vem poema, poesias e irmanaram.

Nunca diga a um poeta, que acabou a inspiração
Pergunte a ele se acabou a dor do coração
Sem dor o poeta morre, daí sim acabou-se as rimas e as verões,,,,,,,,,,,,do velho poeta Mario Damasceno.natal.rn.09/12/2010...1854hssegundos atrás