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sábado, 14 de agosto de 2010





- Martha Medeiros -

Enfim... 
Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século 
esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos 
os nossos sonhos, para dizer tudo o que tem que ser dito... 

O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas 
na nossa vida ou lutar para realizar todas as nossas loucuras... 

Quem não compreende um olhar tampouco 
compreenderá uma longa explicação. 

lucca®...
- Fernando Pessoa -

Multipliquei-me para me sentir. 
Para me sentir, precisei sentir tudo. 
Transbordei, não fiz senão extravasar-me. 
Despi-me, entreguei-me, 
e há em cada canto de minha alma, 
um altar a um Deus diferente. 
Cupido é um anjo garoto. 
Vive mirando no peito e acertando no sexo, 
as vezes mira no cérebro e acerta no coração... 
Mas sua grande peraltice é mirar na 
pessoa certa e atingir a pessoa errada..

lucca®...
..Toque de Amor..
É visitar todos os dias o seu coração
É descobrir nele a suave canção..
É despertar para a vida em rítmo de poesia
É se envolver e rolar no que nasceu em nós dois..
É sonhar os mesmos sonhos de Amor
É olhar para a mesma direção
É ouvir a mesma melodia, suave
É dançar no mesmo calor..
O caminho é a Felicidade..
É entregar-se sem o medo da dor
É acreditar na visão da Ilusão.. mas
É realizar este sonho de Amor..
O toque de Amor é preciso
Para dar mais beleza a esta jornada
É o alimento da alma
É viver sonhando e acordar na real..
Assim sente uma alma..
Na alegria dos corpos, ui..
Criando a doce magia..
E desfrutando esse momento na vida
Nada supera dois corações apaixonados
Nada mais é.. que um grande prazer
Numa entrega total.. representada
Num final Feliz.. Nessa linda História de Amor..
TÎËH Ø£SËÑ



DreamTheater / Through Her Eyes (Metropolis 2000 Live)

Como vou?
.
Se meus passos se perdem além do horizonte
Como caminhar se perdi no tempo as marcas
Que um dia foi certeza de ser nossos passos
Agora como vou se os seus se foram
Levando pro além arco-íris as cores de caminhar
Como seguir adiante se presa estou aqui em torpor
Vou além de mim mesma?! Se nem sei a cor do meu coração!
Antes pensava ser vermelho ardente de pulsar acelerado
Hoje ele bate a saudade sem cor que assemelha ao arco-íris
Olho dentro de mim mesmo e digo como vou?
Se de mim foi tirado o sapato que protegia meus pés na caminhada
Como vou se não sei a cor que eu tenho dentro do peito
Se luz se perdeu além do horizonte sem me dar chance de amar!
E não vou sem conseguir o que eu sonhar dentro do azul celeste
O vermelho ardente meus passos calçar...

Poetisa:
San Alax
Sou assim... Prosa e poesia canto e lamento alegria e solidão.
 Rosa nascida na pedra ave de asas cortadas vulcão que ainda fumega chuva em pleno verão.
 Sou assim... 
Metáfora bordada nos versos do poema que o tempo não apaga.
 Sou, enfim, bordados de mim. 
(Ariadna Garibaldi)


   Versos de Amor Escrevo-te agora estes versos de amor Que eu jamais pensei em escrever!...
 São versos de sinceridade e esplendor Descritos por minha alma pra te dizer.
 Neles contêm a ternura e todo o furor Que sente o meu coração por teu viver...
 Tu és a mais bela, formosa e rara flor Que todo homem desejaria em ter!... 
A tua alma preciosa tem o dom de amar!...
 E o teu coração, um dom que jamais vi Tão puro e sincero que não dá pra falar...
 Por isso escrevo-te o que jamais possuí O dom de dizer, não vendo à hora de narrar Estes lindos versos que agora te escrevi!... 
(Poeta- Dolandmay)
Metade de mim é fada, a outra metade é bruxa.
 Uma escreve com sol, a outra escreve com a lua.
 Uma anda pelas ruas cantarolando baixinho, a outra caminha de noite dando de comer à sua sombra. 
Uma é séria, a outra sorrí; uma voa, a outra é pesada. 
Uma sonha dormindo, a outra sonha acordada. Roseana Murray

POESIA E POEMA


A poesia é conhecimento, salvação, poder, abandono. Operação capaz de transformar o mundo, a atividade poética é revolucionária por natureza; exercício espiritual, é um método de libertação interior. A poesia revela este mundo; cria outro. Pão dos eleitos; alimento maldito. Isola; une. Convite à viagem; regresso à terra natal. Inspiração, respiração, exercício muscular. Súplica ao vazio, diálogo com a ausência, é alimentada pelo tédio, pela angústia e pelo desespero. Oração, litania, epifania, presença. Exorcismo, conjuro, magia. Sublimação, compensação, condensação do inconsciente. Expressão histórica de raças, nações, classes. Nega a história, em seu seio resolvem-se todos os conflitos objetivos e o homem adquire, afinal, a consciência de ser algo mais que passagem. Experiência, sentimento, emoção, intuição, pensamento não-dirigido. Filha do acaso; fruto do cálculo.
Perguntando ao poema pelo ser da poesia, não confundimos arbitrariamente poesia e poema? nem todo poema - ou, para sermos exatos, nem toda obra construída sob as leis da métrica - contém poesia. No entanto, essas obras métricas são verdadeiros poemas ou artefatos artísticos, didáticos ou retóricos. Um soneto não é um poema mas uma forma literária, exceto quando esse mecanismo retórico - estrofes, metros e rimas - foi tocado pela poesia. Há máquinas de rimar, mas não de poetizar. Por outro lado, há poesia sem poemas; paisagens, pessoas e fatos podem ser poéticos: são poesia sem ser poemas. Pois bem, quando a poesia acontece como uma condensação do acaso ou é uma cristalização de poderes e circunstâncias alheios à vontade criadora do poeta, estamos diante do poético. Quando - passivo ou ativo, acordado ou sonâmbulo - o poeta é o fio condutor e transformador da corrente poética, estamos na presença de algo radicalmente distinto: uma obra. Um poema é uma obra. A poesia se polariza, se congrega e se isola num produto humano: quadro, canção, tragédia. O poético é poesia em estado amorfo; o poema é criação, poesia que se ergue. Só no poema a poesia se recolhe e se revela plenamente. É lícito perguntar ao poema pelo ser da poesia, se deixamos de concebê-lo como uma forma capaz de se encher com qualquer conteúdo. O poema não é uma forma literária, mas o lugar do encontro entre a poesia e o homem. O poema é um organismo verbal que contém, suscita ou omite poesia. Forma e substância são a mesma coisa.

Octávio Paz em O Arco e a Lira