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segunda-feira, 31 de maio de 2010



Há certas almas
como as borboletas
cuja fragilidade de asas
não resiste ao mais leve contato
que deixam ficar pedaços
pelos dedos que as tocam.

Em seu vôo de ideal,
deslumbram olhos,
atraem as vistas:
perseguem-nas,
alcançam-nas,
detem-nas,
mas, quase sempre,
por saciedade
ou piedade,
libertam-nas outra vez.

Ela, porém, não voam como dantes
ficam vazias de si mesmas
cheias de desalento...

Almas e borboletas,
não fosse a tentação das cousas rasas
- o amor de néctar
- o néctar do amor,
e pairaríamos nos cimos
seduzindo do alto,
admirando de longe!...

(Gilka Machado)

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