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domingo, 10 de outubro de 2010




        Morro aos poucos,
quando o néctar da ausência
bebe minha alegria em grandes goles. 
Morro aos poucos,
quando a hora é sua,a tarde plena;
minha só a negra espera,ontem,hoje,sempre,ainda.
Morro aos poucos,
quando a mão aflita busca a mão de fechadura,
e o afago dói sem o lábio encostado.
Morro aos poucos,
feito um estranho animal ainda vivo,
gemendo baixinho,sem susto ou sonho.
Marcado a ferro e fogo para o abate,
sem poder voltar atrás.

Rosy Moreira

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