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domingo, 8 de janeiro de 2012






FOLHA SECA

Talvez sim, talvez não...
Quem sabe então, talvez,
Um dia eu te cubra
Com as vestes do amor...

Um amor complexo!
Aquele que digo
Ser o fulgor das estrelas.

Quem sabe então, talvez,
Nas luzes que são delas
O reflexo contigo
Pode ser de mim sensatez...

Pode ser a sua verdade,
Por um minuto de saudade
Ou, talvez, de dor.

Quem sabe então, volte
Entre a paixão que te cobre
A lúcida verdade
Do que te seja o amor...

Talvez!

Poeta Dolandmay


POBRE ILUSÃO

Por toda a vida que hás de viver,
Não encontrarás um amor tão belo
Que sejas digno ao teu querer...
Que sejas puramente tão singelo!

Por toda a estrada que hás de ter,
No teu caminho rude e amarelo,
Jamais irá alguém em ti prender,
Mesmo aquele que diz: “te quero!”

No teu amar levantas o teu sentir,
Nunca te deixa um amor partir
Por cansares das correntes que têm!

Hás de viver desperto por ti um dia,
Se não o abusares em melancolia,
Nas prendas tão raras que contém!

Poeta Dolandmay


VOZ...

Não mais serei eu,
Totalmente eu.
Cada dia é um dia
E, eu, dias reversos.
Tudo me é antes
Hoje, tudo é depois.
E tudo é distante
Na alma de nós dois.
No astro de fogo,
Tudo é além de mim.
O que sou vagueia
No universo mudo
Das palavras frias
Que me quer falar:

Alarga meus versos,
Pois que sou reverso
Se eu não sou amar!

Poeta Dolandmay




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