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domingo, 13 de fevereiro de 2011







Ausência é um modelo do seu poetar,
Ausência, barco sem rumo e sem vela
é grito de dor que ecoa na alma
segredo de mágoa que não revela
Estertores, que nos furtam a calma
Ausência é como cruzar distâncias
Vencer rios, mares, vales e montes
O pensamento coberto de ânsias
Passos aflitos transpondo pontes
Ausência é um sentido que atormenta
levando em nossos olhos um véu negro
é o desespero que não se agüenta
e frisando os passos de puro medo
É desespero da falta de mim
é ter o bem sem o poder tocar
Ser andarilho na estrada sem fim
gemido de dor, eterno chorar
Se perto não te tenho, meu amor
nada interessa, me despeço da vida
Eternamente vou gritando a dor
triste tormento sem tua guarida.




Revejo minha vida e suas circunstâncias
do alto da colina duramente escalda;
coração, mas a razão em preponderância
não preveniram feridas da caminhada
Vitórias, derrotas, ação e reação,
Erros, acertos, ilusão... desilusão
fazem íris das cores desta composição,
tela vivida, pincelada de paixão...
Assim fui, assim sou, cigana de mil dores,
protagonista ativa de todo teu cismar,
garras na tua pele, sangrando teus licores...
Deles embriagada, ébria vou te buscar,
Neste desejo... na tua boca sopro amores,
nestes meus braços te faço crucificar!

Maria Lúcia Ferreira Barbosa

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