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sexta-feira, 8 de julho de 2011


OUTRORA

Saber o que eu fui? Ah, eu não sei!
Talvez, eu fui um vil, sei lá o quê...
Pois que a esse mundo me despertei
Como mendigo que ninguém vê...

Sim, devo ser quem dantes julguei:
“Coitadinho!” Oh, vida, tal qual você!
Pois que nem agora a encontrei...
Hoje eu vivo assim... Sei lá por quê!

Eu vivo assim: “Como um coitado”
Em versos loucos, e endoidado
Procurando rosas onde não têm!

Mendigo! Sem nada! Eu sei que sou!
Que vive a procurar por um amor
Numa terra que nem sei ser alguém!

(Poeta Dolandmay)


*© Direitos Autorais Reservados*
Violá-los é Crime! Art. 184 



Esta faltando só um pedacinho de noite
pra me fazer chorar.
Quando ela entrar
com seu passo manso e mudo,
libero a lágrima, reconsidero tudo.

Vou te buscar....

(Flora Figueiredo) 



O AMOR É LINDO!

O amor é lindo!
Se todos se amassem
O mundo teria o som de um violino
E aqui seria o próprio paraíso!

Mas, a vaidade do homem,
Leva-o a cometer desatinos
E o seu orgulho,
Leva-o a ser convencido!

Apregoa aos quatro cantos
Que tem o coração em prantos
Ao ver o seu irmão sofrido
Embaixo da ponte escondido!

Mas, ajudar a quem precisa,
Falta-lhe tempo para dar guarida!
Financeiramente gostaria de fazer investida,
Porém, precisa esperar estar melhor de vida!

Se realmente queres ajudar
Tempo poderás encontrar.
Se não tens dinheiro para empregar
Tens o amor e o respeito para ofertar!

Autor Guerreiro da Luz – Edu Sol
Eduardo A. Soares (06137261700) – 01/06/2011




VESTIGIOS

Quero seu momento em desalinho
O lençol amarrotado
A camisa na sala
O seu jeito de estar em casa.

O cabelo molhado
A toalha jogada
O perfume destampado
Indagando a calça desbotada.

Quero ouvir a tua voz
Na magia da canção
Me abraçando e dominando
Amando com paixão.

A preguiça te envolvendo
A fala rouca de emoção
Tua cabeça pendendo
Dormindo esparso sôbre o colchão.

Eu quero...o que restou desta ilusão.

AMARILIS PAZINI AIRES


AGONIA


Sozinha caminho
entre esquinas perdidas
indago a mim
o que eu queria.

Não sei...me respondo
é só um momento
que indago e pergunto
à qual não entendo.

Dúvidas me cercam
respostas procuro
não sei como ficam
me encaro e confiro.

Será que é isto?
ou é melhor aquilo
analiso e comprovo
o que a mim vem de encontro.

O melhor resultado
é a minha alegria
achei a resposta
para a minha agonia.

 Amarilis Pazini Aires



Tudo o que existe de mais belo,
Vem junto com as suas pegadas,
O azul, o vermelho...o branco!
Um som que surge lá no fundo,
O barulho do mar!
Tudo o que existe de mais belo,
Vem junto com as suas pegadas.
O dia brilhante,
O meu amor contente!

Luiz wood




"Aflição de ser eu e não ser outra.
Aflição de não ser, amor, aquela
Que muitas filhas te deu, casou donzela
E à noite se prepara e se adivinha
Objeto de amor, atenta e bela.
Aflição de não ser a grande ilha
Que te retém e não te desespera.
(A noite como fera se avizinha)
Aflição de ser água em meio à terra
E ter a face conturbada e móvel.
E a um só tempo múltipla e imóvel
Não saber se se ausenta ou se te espera.
Aflição de te amar, se te comove.
E sendo água, amor, querer ser terra."
Hilda Hilst




Versos Íntimos
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

Augusto dos Anjos




Fim de Jornada

Caminhar ao encontro da noite.
Como o camponês regressa ao lar.
Após um longo dia de verão.
Sem pressa ou cuidado.
Na tarde ouro e cinza.
Sozinho entre os campos lavrados.
E as colinas distantes.
Caminhar, ao encontro da noite.
Sem pressa ou cuidado.
A noite é somente uma pausa de sombra.
Entre um dia e outro dia.

(Helena Kolody) 



Benditos os poetas delirantes,
que fazem com que loucos e amantes
Descubram em tanto breu a claridade.

Eles são quais faróis que o navegante
Se guia pelo menos num instante
Quando se torna a vida tempestade.

Jenario de Fatima

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