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sexta-feira, 9 de setembro de 2011





Não me rotule, não me limite as regras...Nasci com esta marca de escandalizar, de chocar, de ultrapassar...Sou mais bandida que mocinha...Meu maior delito é ignorar o bom senso!

Mell Glitter











A  face do amor

Se puder contemplar a beleza das flores,
e delas conseguir sentir o perfume,
você adentrou no universo do amor.
Se desviar de tudo a sua atenção,
um só minuto,
para ouvir o canto de um pássaro,
sem que isso lhe pareça tempo perdido,
perceberá : você ouviu a melodia do amor.
Se puder pisar nas areias,
sentir seu pé ali afundar,
marcando o seu caminho rumo ao mar,
e isso lhe trouxer prazer imenso,
nas águas do amor você irá mergulhar...
Se o assobio do vento lhe parecer
uma agradável sinfonia
à percorrer seu corpo todo como uma onda,
você sentiu a poderosa vibração do amor.
Se um sorriso pra você for a imagem
de uma janela aberta por onde salta,
na sua direção,a alegria
e você puder sentí-la penetrando
e aquecendo a alma sua,
nessa hora você terá recebido
uma descarga imensa de amor.
Porque a essência do amor
se revela na simplicidade de todas as coisas,
e está no brilho do olho,
jamais no brilho do ouro... 


                         Viviane B. Pinheiro

Mi.


Cicatrizes



De teus olhos as lágrimas saudosas
Que sulcam minha pele tão ardente,
Ninguém sente o que ela tanto sente
Quando as sinto cair tão carinhosas.

Cicatrizes marcando-me ardilosas
Que sugam este corpo já dormente,
Um amor tão querido, mas ausente
Daquelas quentes tardes prazerosas.

Marcas puras que sangram a saudade
Da chama de teu ardor, meu pensamento
Que tanto grita a ausência que me invade,

Lembranças de um amado sentimento
Rasgando toda minha liberdade,
Oh ferida que dói num sofrimento!



Loucopoeta & Mi
©direitos reservados





ADÁGIO

Repõe o sonho o que o dia consome;
à noite, quando a vontade sucumbe,
afloram forças libertas
acompanhando divinos pressentimentos.
Murmuram bosque e rio, e através da alma esperta
um relâmpago cruza o céu de azul de noite.
Dentro e fora de mim
é o mesmo: somos um, o mundo e eu.
A nuvem flutua em meu coração,
sonha meu sonho o bosque,
contam-me a casa e a pereira
as esquecidas sagas de uma infância comum.
Em mim ressoam rios e ensombram-se barrancos,
são companheiras íntimas a lua e as estrelas pálidas.
E a benfeitora noite
que sobre mim se inclina com nuvens macias
tem o semblante de minha mãe,
e sorrindo me beija com amor inexaurível,
sonhadora balança como nos velhos tempos
a adorável cabeça, e seus cabelos
pelo mundo flutuam, e estremecem
em palidez inquieta as milhares de estrelas.

(Hermann Hesse)





Foi quando eu te vi,
Que criei asas, voei alto,
Subi num céu tão azul,
Caminhei sobre águas mansas!
Depois que te vi,
Quase despenquei do céu,
Asas ainda passarinhas,
Quis me afogar no mar revolto!
Agora que tenho você,
É dentro de você que vou voar,
Nas tuas águas mergulhar e afogar,
E na tua boca fazer morada,
No teu corpo pousar inteiro.
No nosso amor tão vento!
...tão vento.

Luiz wood



Pra te beijar é preciso criar asas,
É preciso voar tão alto..tão alto...
...a tua boca é estrela!
Pra te amar é preciso pousar,
É preciso planar no teu colo..tão lindo..tão lindo...
...o teu colo é céu!


Luiz wood





Eu me pego andando de um lado pro outro, espaço tão pequeno pro meu esperar, tão pequeno! Fico a imaginar, tentar adivinhar a demora, fico ansioso e meu coração dispara ao menor sinal! Um barulho qualquer, uma sombra imaginada...um sinal..um sinal!
Meu coração espera tentando se conter! Minhas mãos buscam os bolsos, querem se aprisionar, quer calma e paz, elas procuram os bolsos seguros que vai mantê-las quietas e seguras do mundo que há lá fora! Minha mãos precisam de sossegos...meu coração pede a paz do retorno! Não sei mais por onde andar! Espaço tão pequeno!
Chegue logo!
Acalme meus passos nesse espaço tão pequeno, liberte as minhas mãos de bolsos tiranos!
Abra o portão, deixe que eu veja a sua sombra realizada....Chegue!
Chegue e me liberte desse espaço tão pequeno..tão pequeno..tão pequeno...
Enquanto você não chega....
Chegue ! e traga o seu sorriso consigo!

Luiz wood


 
 
Ilusões

Como o poeta que escreve na areia,
Versos que o mar encobre sem demora,
Como o forte raio que o céu braseia,
Clareando o espaço e indo logo embora.


Como a vela branca que dança e ondeia,
Desaparecendo oceano afora
Tal qual arco-iris que no olhar tonteia
E em breve instante se esvai, descolora.


As ilusões são sempre deste jeito,
Ficam breve tempo, mas logo se soltam
De esperança tomam e enchem o peito


E os nossos sonhos protegem, escoltam
Mas sem que ninguem possa entender direito
Vão se quase sempre e nunca mais voltam

Jenário de Fatima

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