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sábado, 26 de fevereiro de 2011





"Ah, meu amor, não tenhas medo da carência:
Ela é o nosso destino maior.
O amor é tão mais fatal
do que eu havia pensado,
O amor é tão inerente quanto a
própria carência,
E nós somos garantidos por uma necessidade
que se renovará continuamente.
O amor já está, está sempre.
Falta apenas o golpe da graça -
que se chama paixão."

       (Clarice Lispector)








Amigo! Não quero ser sua amiga!
Hoje, você se senta ao meu lado
Me pede pra conversar.
Me diz pra ser sua amiga
E tudo que eu mais queria
Era me ver de novo em seu olhar...
(Sirlei L. Passolongo)



Atrevida
Essa mulher que se veste
Depois de banhar-se de essências
Pra se desnudar lentamente
Para o homem que ama...
Quando ele a beija
Ela, enfim, se entrega
Ele a faz sentir-se
Uma flor de açucena.
(Sirlei L. Passolongo



Aos pés da Saudade
Aos pés das lembranças
Eu vi você passar
E me riu
Como quem brincava
De ir e voltar.
Aos pés da saudade
Parou diante de mim
E tomou posse do meu corpo,
Da minha mente...
Fez morada em meus olhos.
Aos pés das lágrimas
Não consegui te expulsar.
(Sirlei L. Passolongo)



Olhos Navegantes
Lembranças ficaram por toda parte
Nas ruas, nas canções que ouvíamos
Alguns pertences esquecidos em gavetas
Quase vazias...
Mas nenhuma é tão cruel
Como as que ficaram gravadas em mim
Nas mãos que te buscam
No travesseiro frio.
Nos olhos
Que perderam o brilho
E se tornaram rios.
E a penumbra das horas
Me trás imagens nossas
Que embora fantasias
Me devolvem o riso...
E meus olhos navegam
Num mar de desvarios.
(Sirlei L. Passolongo)




Quem dera
Quem dera ir até alí,
Mas logo voltar...
E esse vento que canta
Como quem zomba de mim
Secasse a lágrima
Que insiste em meu olhar.
(Sirlei L. Passolongo)
Inspirado num verso de Caio F. Abreu
Sirlei L Passolongo


A arte de seduzir
requer tato
palavras
e, principalmente,
olhar...
requer desejo
pele
paladar
requer essência
da alma...
Não há receita
é necessário apenas
amar...
(Sirlei L. Passolongo)



Banho de chuva
Escrevo diante da noite chuvosa
Parece chorar a chuva o que chora minh’lma
Nuvens deságuam saudades
E lavam rios de sonhos em mim.
Bruscos trovões raios clareiam,
Instantes em que nada vejo.
A chuva dos olhos meus
Cega bem mais
Quando se fecham
Pra se banharem de ti.
(Sirlei L. Passolongo)






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