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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011


Por que?
















Era tanto amor
Tanto querer, desejar
Era meu amor.Só meu.
Sem retorno sem troca
Amor solitário vazio de você
Doía tanto! Sabia?
Eu bem que tentava
chegar ao seu coração
Nunca consegui.
Sempre tinha aquela
sua indiferença
Aquele seu, não desejar.
Ainda ficou em mim
esse rasgar de alma
Essa dor a me torturar
Pela falta do seu corpo
do seu cheiro, seu gosto,
seu beijo.
Por que? Eu te amei tanto!
Eu te amo tanto!
Sinto tanto medo.
Medo dessa solidão
que me consome
Medo de nunca mais te ter
De não mais te ver...
Meu amor!..

Maria Bonfá
31/01/11


Dá-me uma rosa...


Antes que o céu escureça e a noite me envolva...antes que a treva regresse ao meu olhar...dá-me meu amor o perfume das rosas...dedilha no meu corpo as pétalas...que se fizeram sombras de mim...se desfizeram no vazio das minhas mãos sem lembranças...nos meus braços sem mim...nús de ti...seguram apenas as rosas...tão secas...tão mortas...apenas espinhos.
Antes que o tempo me leve os sonhos...que do meu corpo desapareçam as rosas...vem meu amor...vamos voar no além...no jardim do silêncio...onde as almas não são desertos...onde os sorrisos não são tristeza...onde a luz não é escuridão...onde as palavras dormem e não são grito... onde as rosas são poemas...poemas de amor...onde a voz não é saudade...é uma melodia doce...as dores são água cristalina num mar de ilusão...os corações são sempre Primavera...onde as pedras são flores e a mágoa se faz ternura...onde as horas são apenas um instante...os sonhos são o infinito...a eternidade uma vida...vem comigo meu amor.
Sabes meu amor...que entre as rosas e o céu...há nuvens muitas nuvens...por vezes tão negras...há muros...muitos muros...sentimentos amordaçados...casas desabitadas...noites sem ti e cheias de mim...e fantasmas que me gritam que sou apenas a sombra do poema...a escuridão das letras...a rima nua do silêncio...o rascunho esquecido entre a vida e a morte...os traços negros da noite...o entardecer do meu cansaço...eterno riso de escárnio dos corpos anoitecidos...sombras apenas meu amor...sombras das rosas que morreram no meu peito...espectros apenas de uma sonhadora louca.
Dá-me uma rosa, meu amor.
Sou rosa...sou corpo...sou paixão...sou o teu destino
Sou o agasalho da tua noite...a luz da tua escuridão
Sou o teu fantasma...aquela que te segue no caminho
Sou o teu grito mudo...sou o silêncio da tua solidão
Na minha mão uma rosa...no meu corpo o abandono
Nos dedos o sangue...com que me escrevo em prosa
No meu olhar a eternidade...nas palavras o meu sonho
No meu coração a ternura...nos meus braços uma rosa
É em ti que guardo as rosas...invento o sonho...a ilusão
Para ti invento palavras...invento rimas...poemas...prosas
Foi para ti que me criei...foi para ti que plantei as rosas
Foi em ti meu amor...que me perdi...em ti me fiz paixão
Disseste meu amor... que as rosas seriam o meu leito
Que as tuas mãos...seriam a ternura que me envolvia
Disseste meu amor...que ficariam sempre no meu peito
Que no meu corpo...uma rosa vermelha...renasceria

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