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domingo, 24 de julho de 2011






Uma vez eu estive no país do 'era uma vez"...foi uma vez mais apenas...
Não sei ao certo onde fica, ou mesmo se fica em algum canto, sei que estive e basta , por hora, você saber que estive.
Mais uma vez você vai me chamar de exagerado.
Saiba, eu não sou. Sou exato nos meus sentimentos. Que culpa tenho eu se sinto demais?
Cheguei andando com minhas próprias pernas....com minhas próprias dores...
Não...nós os poetas não sofremos por amar não!
Ontem uma amiga minha me disse que nós os poetas sofremos por amor...
Mentira!!!
Sofremos pelas pessoas que não conseguem amar, é diferente!
Se estive no país do "era uma vez", estive inteiro...
vivi histórias, assim mesmo com H...histórias de verdade!
Vi anjos de pernas dobradas, como o Caio na beira do rio Guaíba!
Vi nuvens camelos, girafas e elefantes...zoológico louco esse de nuvens!
Vi a estrada de Pessoa, que existia por existir Eros e Psique...
Vi o mar de Neruda, o amor de Frida, as cores de Diego...eu vi!
Vi o amor nos meus olhos refletidos nos seus!
Vi a sua indiferença cegando os meus!
Mas eu vivi...ah, eu vivi no país do "era uma vez"!
Enquanto eu te amei...eu vivi! E isso,meu amor, é verdadeiro!
Nem você me tira esse viver! Eu vivi! e basta!
Se hoje sofro, não sofro por ter amado você!
Sofro porque você não soube amar!
Desperdiçou o amor....

Luiz wood




Não tenho mais nada a te dizer...
Já te falei dos sonhos que me levam longe, me trazem pra mais perto de você, que me acordam no meio da noite dizendo seu nome!
Te contei já das coisas que trago nas mãos e, feito um mágico, as transformo na sua frente, só pra que acredite nas minhas mãos e no que elas te dão...
Dos vôos sobre o seu jardim, te falei de como são belos quando, pela manhã te observo a colher flores e com cuidado, as colocar, uma à uma, numa cesta que você traz no peito!
Já te contei tantas coisas...tantas!
Que se um dia eu me calar, ou não tiver mais nada pra te dizer, você saberá que tudo o que havia a ser dito...já foi!
Inclusive já te falei do meu amor, lembra?
Foi no dia que te olhei e quase chorei de emoção....

Luiz wood

MAS VOLTAS QUANDO?

Tormento de não ver-te nunca mais
Saudade rasgadora dos meus sonhos
O enchergar dos olhos que  jamais
Ao meu encontro chegarão tristonhos...

Em praças vejo bancos de jardim
Casais enamorados se apertando
E a tua falta vai doendo em mim
Dizem que voltarás, mas voltas quando?...

Depois não sei se ainda  esperarei
Se à outros beijos a boca fecherei
A vida é breve e a ternura finda...

E as minhas rugas nascem a cada dia
Minha beleza amor, qual fantasia
Dança  por ter uma esperança ainda!...

Dorothy de Castro 




Olhou pro alto, nuvens de chuva, negras nuvens!
Ele ali parado contemplando nuvens...estranhas formas, nuvens-objetos, nuvens-animais, nuvens-coisas, nuvens carregadas...nuvens negras! Um temporal vem por ai!
Ali, veja, ali mais à esquerda, uma nuvem-dragão...mas olhe depressa, venta muito e ela se transformará quando você menos esperar! Pronto, o vento desmanchou o dragão....restou nuvem!
Olhos no céu, calçada úmida, guarda-chuva inútil!
Sem vontade de sair do lugar, a despeito da chuva, dos raios e trovões! Apenas ficou ali parado, olhando pro céu! Vai chover!
Observando nuvens!
Uma girafa, um leão, uma mão, quase garra....mas o vento as muda, o vento muda tudo!
Vai, com certeza, mudar nuvens também!
Levantou a gola do casaco e se foi....cabeça baixa, gola levantada!
Se foi....
O homem não mais vai voltar!
Foi o vento, o vento o desmanchou!
feito nuvem....

Luiz wood


TORMENTA

A noite tem sido longa.
Como desde cem anos
de chuva,
de uma respiração enfurecida
proveniente de um fundo de vertigem noturna,
de um cântaro vermelho
ofegando na terra,
o vento há desatado sua tempestade violenta
sobre o véu anelante da ilusão
efêmera, sobre as fatigadas necessidades
e tu e eu, na colina
mais alta,
no canto de nossos dois silêncios,
abraçados ao tempo do amor, desvelando-nos.
Deixa que o vento morda sobre o vento.
Eu te fecharei os olhos.

(Elvio Romero)



(Londres, 14 de setembro de 1983 — Londres, 23 de julho de 2011)


O Amor É Um Jogo de Azar [Love Is A Losing Game]

Pra você eu fui um caso
O amor é um jogo de azar
Cinco andares se incendiaram
quando você me amou
O amor é um jogo de azar

Como eu queria nunca ter jogado
Oh, que estrago nós fizemos
E agora o lance final
O amor é um jogo de azar.

Desgastado pela banda
O amor é uma aposta perdida
Mais do que eu poderia aguentar
O amor é uma aposta perdida

Declarado... intenso
Até o encanto se quebrar
... e notar que você é um jogador
O amor é uma aposta perdida

Apesar de estar bastante cega
O amor é um resignado destino
Lembranças denigrem minha mente
O amor é um resignado destino

Acima de inutéis expectativas
ridicularizado pelos deuses
e agora o lance final
O amor é um jogo de azar

(Amy Winehouse)


SOMENTE SOMOS

Viajantes do tempo,
intenso,
lento
ao vento,
No mundo girando,
amando,
chorando,
e sonhando,
Seguindo o destino,
tino,
atino,
divino,
Na estrada da vida,
vira,
lira,
na mira,
A procura do amor,
o calor,
a flor,
Ah, amor...amor...
Ser somente,
Viajantes do tempo,
No mundo girando,
Seguindo o destino,
A procura do Amor!

[Reggina Moon]

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