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segunda-feira, 8 de agosto de 2011



















EU...EM FALTA
Eu sou movida à carinho
Se  me falta  fico estranha
Viro uma aranha sem teia
Sou noite sem lua cheia
Um passarinho sem ninho
Viro piranha sem rio
Viro lençol sem a cama
Sou deserto sem savana
Viro jóia que não brilha
Juscelino sem Brasilia
Banho sem água de cheiro
Avião sem passageiro
Viro um tigre sem bengala
Viro uma arma sem bala
Também sou Minas sem queijo
E a sua boca sem beijo
Eu sou movida à carinho
Guarde bem isso poeta
Se me faltar falta a meta
O caldo de cana, o vinho!!!

Dorothy de Castro



Quando entristeço
um pouquinho que seja...

Sinto um peteleco na cabeça
e uma voz firme dizendo:

- Ei,
menina Av3ssa,
acorda!

Esqueceu que EU
sempre cuido de ti ?!

Erga essa cabeça!

Você nem imagina as surpresas
maravilhosas que
ainda terás pelo caminho.


Lígia Guerra 


Força interior...
É isso que uma escritora tem que ter...

Ela tem que ir além de si mesma,
não pode ter margens,
contenções, intromissões,
seguir regras e acreditar em tabus.

Sim, uma escritora tem que desnudar
a própria alma e não ter medo de
incitar outras pessoas a fazerem o mesmo,
pois somente despidos de pudores e falsos moralismos
podemos navegar em mares distantes,
fazer descobertas inimagináveis e desatar nós emocionais.

Uma escritora tem que
tocar as almas dos seus leitores,
pegá-los pelas mãos e conduzi-los a um mundo mágico...

Onde as suas fantasias juvenis sejam retomadas
e a sua criança interior possa brincar
com sorriso de sol e sonhos de lua.

Escrever requer força, profundidade,
insanidade, desejo, gozo, amor,
desfalecimento e renascimento...

Requer verdade, exige inquietude
com gotas de sabedoria,
implica em comprometimento,
entrega e indiferença frente à opinião alheia.

Escrever exige coração,
fé, luz, garra, sentimento e loucura.

Apenas assim
as palavras também
se apaixonam pela escritora...

Somente assim
os deuses da inspiração
lhe aquecem a mente,
incitam a alma e
abençoam as suas criações.

Lígia Guerra















Tempos difíceis...
cavalos irados, pés descalços e lobos na estepe!
A lua grande , enorme e fria, sete lâminas e um olho cego...
Do céu, chuva de anjos e santos, fuga alucinada e o céu vazio, abandonado e vermelho.
Um mundo todo de leis e ninguém entendeu como isso pôde acontecer...galope louco, rédeas mordidas e o mundo assim, tormento!
O lobo olhou pro alto, não reconheceu a lua e nem a fêmea ao seu lado, apenas o medo cheirando forte e agonia...
Um tempo longe e ninguém esquece do dia em que anjos choveram feito lava...
E lobos na estepe fria!
Quase o fim dos tempos...quase!

Luiz wood




Houve um dia,
Que jamais esquecerei.....
Mas essa precisão,
De lembranças.
Deixa-me assim inerte
São só.... lembranças.
 
ManyPallo

Êxtase


No meio da noite
penso-te em silêncio

Nua
fecundo teus versos
concebo tua poesia

Vanderluza T. de Albuquerque





Eu estou nu.
Seus dedos, a ponta de seus dedos percorrem meu corpo. Desenham uma a uma cada cicatriz, cada ranhura, cada marca, cada imperfeição cinqüentenária, cada experiência cármica, cada vida passada. Procuram minhas vivências, minhas dores, meus amores, minhas dores de amores.
Eu estou nu.
Você me diz amor. E eu choro, pois nem imaginava que alguém ainda fosse me amar, pois tenho cicatrizes e ranhuras. Mágoas e raivas. Mas você me diz amor e seus dedos percorrem. Quis me esconder no escuro e você acendeu todas as luzes. Quis me justificar e você retrucou. Quis me refugiar no menino e você me teve Homem. Me quis meu e você me teve seu.
Eu estou nu.
Você, me diz Amor

Luiz wood

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