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sábado, 19 de novembro de 2011







DUETO ETERNO

É quando me agarras as palavras
pela cintura
e me envolves na dança de um poema
que me desarmas.

Em tom de tango
contornas-me o corpo
e resgatas-me a alma
num movimento sublime e intenso.

O fado dos teus lábios nos meus
é o dueto eterno em que navegamos
neste rio onde te recebo ao sabor da lua.

Tenho sede de ti.
Seca-me a voz quando te respiro
e te sinto ancorado
naquele miradouro à procura de nós.

Não me deixes agora,
devolve-me a esperança
de encontrar aquilo que fomos
e juntos despertarmos o abraço,
o beijo e o prazer de sermos um só.

(Vanda Paz)



A história de nós dois

Quando bateu em minha porta,
ainda que temerosa,eu abri. 
Comovida pela tua tristeza,pela tua dor,
eu te deixei em minha vida entrar. 
Foi chegando sorrateiro,devagar. 
Foi sondando os meus desejos,
os meus medos. 
Foi buscando,em mim,brechas por onde pudesse penetrar. 
Transformando os dias em meses,
foi ficando,ficando... 
E assim os meses viraram anos. 
Anos que passaram feito um vento...
Juntos,conhecemos o dom do amor.
Juntos,vivemos a eternidade dos desejos,
e percebemos que ela chega ao fim.
Vivemos longos períodos de chuvas,
mas depois,quando o sol se abria,
contemplávamos a beleza do nosso jardim... 
Passeamos de mãos dadas,
mas também às vezes,a sós. 
Porque descobrimos que o amor necessita
de espaço pra respirar, 
e liberdade para crescer. 
O amor precisa ser livre pra sobreviver. 
E mesmo que a distância possa amedrontá-lo, 
ele nunca se permitirá à ela,ceder... 
Nós dois podemos o mundo inteiro viajar,
mas o porto sempre estava lá,
no mesmo lugar a nos esperar...
Atravessando esses longos anos,
podemos sorrir juntos,
mas aprender que é entre as lágrimas 
que se fortalece o amor. 
É...Nós dois vivemos 
o sonho de um amor de verdade. 
E hoje,olhando pra trás, 
tenho a certeza de que 
tudo de novo contigo,eu viveria. 
De novo aquela porta pra ti,eu abriria.
Porque por ela,contigo,entrou a felicidade... 


           Viviane B. Pinheiro


    



? ...

Talvez, eu sem saber, direis: que nada
Perdeste no que não tinhas! Por quê?
— Para viver o confuso, não se vê
Todos os dias; quais se foram alvorada...

Portanto, então, o que nos faz crescer
Ao deserto onde vivemos? — Ofuscada,
Cintila a nossa indiferença, sem saber
Em qual era a vida nos será eternizada.

Faleis que tudo: “Mistérios convulsos!
Por o sol aparecer, e se pôr perdido;
Quês, o amor, nos vêm aos impulsos...”

Entretanto, sê quer dizer magistérios!
Pois, o que há de se perder ferido
Se no que vivamos há-de ser mistérios?

(Poeta Dolandmay)



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