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terça-feira, 12 de abril de 2011




Olhar suas mãos,
é como ver o campo de trigo,
serenas, ondulantes.
É como estar em comunhão com a terra,
voar solo infinito,
estar cansado de guerra.
Sentir teus seios,
é cantar cantiga de Salomão,
como um cacho de uva,
ardentes desertos,
é vulcão.
Seus olhos são arado,
terra revolta, prenha.
É volúpia de fome,
água que inunda, sacia, afoga.
Seu sexo, terra ávida,
prenhe, entregue, frouxa.
Fértil acolhe carícias,
e num sorriso claro,
me mostra os dentes,
toma a minha mão, me carrega,
recebe minha semente. 

Luiz wood

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