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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Noite fria

Ao longo desta noite,
Diante dos teus sentidos,
Das tuas palavras cegas,
Usarei os poderes dos astros
Para iluminar o dilúculo
Que te vens frio...

Aquecerei a manta que te veste
Sobre o teu corpo nu,
Botarei em brasa o teu coração,
Num compasso permanente...

E diante dos meus afetos vivos,
Sobre a luz que me guia
Dar-te-ei vida esplêndida
Sobre a tua fantasia!

(Poeta Dolandmay)


"In poemas d'um além"

INJUSTIÇA

No mundo, que se faz
Cheio de injustiças,

Temos que viver a vida,
Não importa se é árdua,
Incomum ou florida.

Às vezes,
É feita de bondade,
Respeito e virtudes;
Outras horas, de maldade.

Mas apenas
Procuremos viver
Na purificação da alma,
Do espírito e do ser.

Temos que passar
Por cima da dor,
Temos que pensar
Somente no amor.

Temos que viver,
Apenas viver!

(Poeta Dolandmay)



Constância perdida

Fui buscá-la nos sonhos
Da minha languidez...
Mergulhei nas noites mais sombrias
Por teu coração.
Indagando-me por tua indiferença
Perdi-me no teu amor,
Que já não tinha a esperança
Das horas marcadas
Pelo relógio do tempo...

Decaído nas trevas da tua paixão,
Já não enxergava mais do dia a cor...
Quis amar, sentir e viver...
Da luz que irradiava a tua alma,
Do teu afeto, ternura e desejo.
Fazer de ti a minha existência
Terna e única!
Mas, me cobri sem o manto do teu leito,
Barrado por tua veemência...
Assim, tudo foi só ilusão!

(Poeta Dolandmay)


"In poemas d'um além"



O outro do espelho

Diante do espelho
Em perguntas fico
Quem será aquele?
Na ânsia de descobrir
Quem é o outro me olhar.

Pois, não me conheço nele
Mesmo de rostos semelhante
Somos infinitamente distante.
Mas, há momento que ele
Tem mais de mim
Que eu dele.

Sou feito de sonhos
Ele realista.
Sou movido por emoções
Ele é pura razão
Sinto-me tão feliz
Mas há nele um olhar triste.

Talvez a tristeza de seu olhar
Deve ser a angustia
De ainda estar a procura
De algo que nem mesmo saiba
O que seja ou onde esteja.

Ataíde Lemos