Num coração fechado não entra ruído!
Antes uma balada, uma canção qualquer,
uma poesia declamada!
Um ruído qualquer...! Um barulho no
sotão....no vão da escada!
Esse silêncio tempestivo bem que quer
me afundar!
Quer vir em corrente me arrastar
corretenza abaixo! Correr corretenzas!
Assim meu coração afoga!
Esse silêncio é pessoinha desagradável!
Mas no fundo nada de novo!
Coisas que a poesia escava e afaga e
conserta e remenda!
Basta uma poesia nova!
Basta um amor novo!
Vazio tempestivo que bem me quer afundar.
Coisas que a poesia escava e afaga e
conserta e remenda!
Basta uma poesia nova!
Basta um amor novo!
Luiz wood
Eu sou o Rock!,
Punho cerrado do jovem descorado,
Que busca no instrumento seu unico senhor...
Eu sou o Rock!,
E todos são meus servos,
E deles sou escravo...
À mim nada recusam, à eles tudo dou,
Me tocam na solidão,
Me cantam na multidão...
Eu sou o Rock!,
Nas tumbas colossais
No cemitério isolado onde formigam os ossos,
De jovens nossos,
Que gritam a sua dor...
Eu sou o Rock!,
Alma inglesa ou americana,
É a grande soberana dessa força muscular,
No instrumento que tocam,
Geme a rebeldia romântica do som...
Eu sou o Rock!,
Sou imortal, sou o carrasco sem ódio,
Sou o acorde derradeiro,
O episódio primeiro,
Desse grande festival!!!.
Dorothy de Castro (Poema de Abertura do Festival do Skalibur Rock Festival)
DARK SIDE OF THE MOON
De onde vens? fundo da noite? não sei .
Teu infinito bonito conheço amo...
Teu simbolismo lirismo até o abismo,
Tua ternura loucura tua negrura...
Tempo do vento dinheiro do mundo inteiro,
E a tua morte? a tua? onde a ciência?
E a consequência de ser a lua, tão lua,
Tão nua...E os teus instintos distintos,
de guerra e paz? Jamais o ódio,
Aos nossos bons ancestrais...
Tenho me achado aloprado até demais.
Procuro um lugar isolado, uma rua...
Que tal a lua?
O lado escuro da lua, o mais puro,
Pura loucura de ver sentir e amar...
A sua arte a parte que não percebe,
Que não recebe a luz solar...
Tão nova, crescente, minguante,
Amante e cheia de raios puros.
Tenho desejos de dar-te minha loucura,
Sem tua alvura te amo, no lado escuro
Da lua!...
Dorothy de Castro
TIVE CIUMES
Numa proximidade perigosa,
Nossos repentes se enlevaram,
Desejos de bichos, lobos famintos,
Falamos de amor...tive ciumes...
Dos teus recados, tuas andanças,
Caminhos loucos enveredados,
Por outros prados...tive ciumes...
Quiz o carinho pra mim, e só
Pra mim...fiz dramas, cenas,
Me debandei nos versos de amor,
Fiz um mundo de poemas...
Te dei os textos que como louca,
Febre de beijos, te oferecia,
Mas te perdia e...tive ciumes...
Hoje eu te peço, volte pra mim,
Quero o regresso de tudo enfim,
Dou-te a magia, beijo na boca,
Tenho ciumes...dou-te a poesia...
Dorothy de Castro