CANÇÃO DE OUTONO
Perdoa-me, folha seca,
não posso cuidar de ti.
Vim para amar neste mundo,
e até do amor me perdi.
De que serviu tecer flores
pelas areias do chão,
se havia gente dormindo
sobre o próprio coração?
E não pude levantá-la!
Choro pelo que não fiz.
E pela minha fraqueza
é que sou triste e infeliz.
Perdoa-me, folha seca!
Meus olhos sem força estão
velando e rogando áqueles
que não se levantarão...
Tu és a folha de outono
voante pelo jardim.
Deixo-te a minha saudade
- a melhor parte de mim.
Certa de que tudo é vão.
Que tudo é menos que o vento,
menos que as folhas do chão...
(Cecília Meireles)
Inteira...
Na sua falta, peguei todas aquelas suas frases feitas
que ficavam ao lado dos livros, na estante
e esqueci todas!
E aqueles dias lindos...
que pintava de cor de rosas
com essência de baunilha,
e depois embrulhava com fitas azuis da cor do céu,
dizendo que eram presentes...
Só pra me impressionar,
não nasceu ainda, nem um dia igual...
Aquele sonho que disse ser meu
e que era só desejar forte que a gente
poderia ter juntos, escapou...
Fiquei com meus dias quentes, aqueles de verão
que mesmo sozinha, consigo sonhar, consigo ter...
Consigo ouvir o vento passar,
que vira brisa com a nossa canção.
E que depois descobri ser só minha
e é a mesma que vive comigo desde sempre...
Fiquei com o que sou, fiquei comigo.
Fiquei com o que não viu,
com o que senti sem mudar.
Sim, eu fiquei com o que disse não existir...
Em meu mundo que você não viu...
Fiquei com o meu 'tudo'
E a sua falta, preenchi sem culpas,
com todo amor que transbordo...
E assim prossigo, sem a sua metade
e volto para mim, Inteira!
Dú♥Karmona®
Dulcinéa Carmona Publicado no Recanto das Letras em 15/10/2010
Código do texto: T2559152
Amizade (alma-amiga)
Te descobri assim:
Foi uma mistura de um pouco de tudo
Dos nossos risos por nada e por tudo
Dos nossos choros sem ser contido
E de nosso ombro sempre amigo.
Foi uma opção de amor
Querer ficar sempre por perto
Independente do nosso humor
Foi uma troca de amor
Independente do lugar
Ou da distância a nos separar
É impossível esquecer
O que simplesmente veio sem motivo
E transformou nossas tristezas
Menos tristes, por termos
Alguém pra nos mostrar
Durante anos...
Que mesmo estando triste
Sentimos que a beleza existe
A beleza de termos alguém
Com quem possamos contar,
Pra rir ou chorar,
compartilhar o nosso pior
e também o nosso melhor
De todos os momentos
Ou apenas silenciar
Diante do sentimento
Que perpetuamos dentro de nós
E externamos entre sorrisos e abraços
Dú♥Karmona®
Publicado no Recanto das Letras em 20/07/2007
Código do texto: T571800
CANÇÃO DE OUTONO
Perdoa-me, folha seca,
não posso cuidar de ti.
Vim para amar neste mundo,
e até do amor me perdi.
De que serviu tecer flores
pelas areias do chão,
se havia gente dormindo
sobre o próprio coração?
E não pude levantá-la!
Choro pelo que não fiz.
E pela minha fraqueza
é que sou triste e infeliz.
Perdoa-me, folha seca!
Meus olhos sem força estão
velando e rogando áqueles
que não se levantarão...
Tu és a folha de outono
voante pelo jardim.
Deixo-te a minha saudade
- a melhor parte de mim.
Certa de que tudo é vão.
Que tudo é menos que o vento,
menos que as folhas do chão...
(Cecília Meireles)
ENCANTO Gosto quando chega,
Tomando espaço
Quebrando silêncios,
Como fúria de um vulcão.
Gosto desse olhar maroto
Sorriso solto,impulsos loucos.
Gosto da sua boca
Dragão de fogo,no beijar.
Gosto,tanto..
Desse jeito só teu,
De chegar!
ManyPallo