Caixa...
Hora no canto
Hora guardada
Sem alma...
Coisas grande...
não cabe
Coisas pequenas...
se perdem
Estou cheia de nada.
Há esperanças nas abas
Abre ,cobre e fecha
Não encontra nada.
Não guardo surpresas,
não uso máscara,
o sorriso ...ignora .
Caixa...que não se encaixa.
Hora no canto
Hora guardada
Hora ...jogada fora.
Caixa...que não se encaixa.
Melzinha Aprendiz
Suave noite.
SEGREDO.
Meu segredo é você.
Meu amor proibido
Minha paixão impossível
O sol, que ilumina minha boca
Meu querer sem poder.
ManyPallo
Entre chegar e partir
Guardo
A lembrança
De cada encontro,
Com os olhos fechados
Caminho sobre a felicidade...
Não me deixe perder
Deste sentir...
A leveza
Enquanto
Meus olhares
Eternizam tua presença
Quero esquecer o dia
Em que provei,
O amargor
Engasgado
Da tua partida...
Dolce Bárbara
Sonhos sob a lua
Sobre a luz das estrelas
e o clarão da lua
pus-me a sonhar.
Deixei que os sentimentos
viajassem por toda
extensão de meu Ser
vivendo as emoções
de um grande amor.
Como foi maravilhoso!
radiava um brilho,
um perfume novo.
Em tudo havia magia,
era uma felicidade
que me extravasava
deixando transparecer
a alegria que extraia
de meu Ser.
De repente o céu se fechou
as estrelas partiram,
a lua foi encoberta
do sonho acordei
para a realidade.
Uma angústia se deu
pela dor da saudade
que restou.
(Ataíde Lemos)
MONÓLOGO
Hoje as palavras se atropelam
Baralhando meus sentimentos
Que fale do passado me apelam
P'ra quê acoitar os ventos?!
Meus passos são de passarinho,
hesitantes,
Razão acrescida à minha tristeza,
perco palavras, perco caminho
Somam-se os dias inquietantes
Que me enchem de incertezas.
Palavras que trago anoitecidas
Que sempre escrevo com emoção
Andam por aí perdidas, caídas
Pousadas noutro olhar, noutra mão.
Porque as soltei em liberdade
Enquanto a chuva alaga meu chão.
Do meu coração abalam e deixam saudade
Voam como pássaros, deixando-me na solidão.
Mas ainda assim não me calo que me afogo
Já a tarde começa a apagar-se
E eu aqui neste monólogo
Vendo a Vida a enredar-se.
(Natalia Nuno)
Só à deriva
Noite cheia de luar
Eu me cego
À abraçar navios
Sem leme
Sem lenço
Sem lírio
Noite cheia de luar
Eu me pego
À avistar desvios
Sem vela
Sem vento
Sem visto
Só, anoitece o mundo...
Dos males lidados
Os ais partem a vista
Na encosta abismar
Só, acontece no fundo....
Dos mares limados
Os sais pesam a vida
Nas costas do olhar
(Cris de Souza)
INACABADO
Ao longo destes anos
cada dia vivido e almejado,
mostrou-me a alegria de viver
e o que me fazia feliz.
Em cada semana mostrava
a doce companhia esperada,
pelo resto dos dias...
ansiava o que já chegava.
Deleite de carinhos,
trocas de energias,
amparo e amizade,
risos, eram só alegrias.
Talvez muito tempo?
tempo demais?
deixou marcas fundas
esquecidas, serão jamais.
Sentirei saudades...
sempre relembrarei,
de uma união apaixonante
que nunca mais viverei.
AMARILIS PAZINI AIRES