DIGA-ME
Por  que guarda a mim tanto mistério?
Diga-me, meu bem! Se te sou toda  euforia,
Por que faz em teu peito tanto silêncio,
Se também, te  sou de seus dias alegria?
És tanto dos meus sentimentos, querida,
Que  coisa alguma esconder te quero,
Que nada de oculto te trago! E te  venero
Nos ventos do oeste triste, a tua vida...
Sim, de seus  momentos é que me afago,
Do pouco que me dás é que me contento!
Com  tua voz pouca, com teu grito leve... 
Conta-me a graça do teu  amor amargo,
Mesmo que seja de sua boca um lamento
Diga-me se já  te sou um sentir breve!
(Poeta Dolandmay)
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