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sexta-feira, 2 de julho de 2010

INSÔNIA

O dia se faz frio sob o sol intenso,
A noite sobre a luz branca se faz casta.
Tudo esplêndido, mas nada me basta,
Nada me é na alma tão imenso!

A minha sede inda é maior, insana...
Tudo me é morto, a minha lua é extinta!
O meu desejo é d’uma luz profana,
Que digna a me clarear... Não minta!

Eu amo como ninguém tem amado,
Como um maldito ser endoidado
Que tão pequeno se sente no mundo...

Quero anoitecer no calor aberto do dia,
Mas nada me faz queimar! Imensa agonia,
Esfria-me a alma num sono profundo!

(Poeta Dolandmay)

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