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sábado, 17 de julho de 2010

Sou talvez a flor que se recolheu dos campos
Por vales de desejo sem saudade...
E te amar é o caminho que me invade,
Às correntes dos afetos dos insanos!

Amo-te tanto! Que o sol já não arde!
Nos meus poros como dantes;
E o céu já se faz sublime e delirante,
Quando me amas na extensão das minhas verdades!

Sejas o meu Rei, o que me rege!
O que ordena o calor das minhas vestes...
O que me faz cativa e tão menina!

E quando na calada madrugada me amar,
Há de no teu olho denunciar,
A perfeita junção de alquimias!

(Núria Pinho)

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