ACENDE A ÚLTIMA NOITE
Acende a última noite
Do meu pesadelo
Apaga a escuridão
Do meu medo
E mostra-me a luz do dia.
Toma conta da minha força
Destrói a minha imagem
E constrói o que sou
Fora deste mundo
Que criaram para mim.
Ilumina a minha vontade
Com a ténue luz da verdade
Onde os instintos mesquinhos
Da nossa realidade
Tornam negros os desejos
Da alma branca.
Ama-me com a maior
Simplicidade que possas conseguir
E faz-me sentir
Que sou apenas mulher
E que tu és o caminho
Por onde quero ir.
Toma conta de mim
Meu amor,
Não me deixes continuar a lutar
A favor desta corrente
Onde me querem amarrar.
(Maria Sousa)
Acende a última noite
Do meu pesadelo
Apaga a escuridão
Do meu medo
E mostra-me a luz do dia.
Toma conta da minha força
Destrói a minha imagem
E constrói o que sou
Fora deste mundo
Que criaram para mim.
Ilumina a minha vontade
Com a ténue luz da verdade
Onde os instintos mesquinhos
Da nossa realidade
Tornam negros os desejos
Da alma branca.
Ama-me com a maior
Simplicidade que possas conseguir
E faz-me sentir
Que sou apenas mulher
E que tu és o caminho
Por onde quero ir.
Toma conta de mim
Meu amor,
Não me deixes continuar a lutar
A favor desta corrente
Onde me querem amarrar.
(Maria Sousa)
Soneto de Maior Amor
Maior amor nem mais estranho existe
Que o meu, que não sossega a coisa amada
E quando a sente alegre, fica triste
E se a vê descontente, dá risada.
E que só fica em paz se lhe resiste
O amado coração, e que se agrada
Mais da eterna aventura em que persiste
Que de uma vida mal aventurada.
Louco amor meu, que quando toca, fere
E quando fere vibra, mas prefere
Ferir a fenecer - e vive a esmo
Fiel à sua lei de cada instante
Desassombrado, doido, delirante
Numa paixão de tudo e de si mesmo.
(Vinicius de Moraes)
Maior amor nem mais estranho existe
Que o meu, que não sossega a coisa amada
E quando a sente alegre, fica triste
E se a vê descontente, dá risada.
E que só fica em paz se lhe resiste
O amado coração, e que se agrada
Mais da eterna aventura em que persiste
Que de uma vida mal aventurada.
Louco amor meu, que quando toca, fere
E quando fere vibra, mas prefere
Ferir a fenecer - e vive a esmo
Fiel à sua lei de cada instante
Desassombrado, doido, delirante
Numa paixão de tudo e de si mesmo.
(Vinicius de Moraes)
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