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terça-feira, 5 de abril de 2011
















Jamais morrerei de amor,
é o que me sustenta,alimenta,me impulsiona.
Saudade fere,machuca,abre cicatrizes.
O ódio muitas vezes é consequências.
Perdoar... Algo que ainda não aprendi.

Mas posso morrer fulminado pela indiferença,
isso sim.

Sou tão anormal,que tenho até medo de amar,
me jogo de cabeça,me estatélo muitas vezes,
andei com o tal de coração sentimentalmente
na UTI... Me recuperei,mas já não sou mais o mesmo.
Tenho conseguido aquietar alguns sentimentos,
emudecer algumas revoltas e suicidei o tal de ciumes.
Com muito custo mas consegui.

Ouço muito que tem que se caminhar pra frente,
merda ! Pra frente estou sozinho,quero aqueles ontens...
Mas amor não se inventa.
Triste quando se ama alguém que não nos ama.
Coisas de coração á toa,como o meu.
Masoquista com certeza... Sádico.

Vou ao médico... Senhor neurologista,cardiologista,urologista,
castrar esses sentimentos...

Loucura ? Eu que sei.

_ MAXUEL SCORPIANO _
05.04.2011/ás12;12H




Mudanças...

Eu sinto a necessidade de mudar...
Quero tirar esse gosto amargo, de ter errado na escolha do caminho...
Cada passo que dou vai mudando o meu percurso...
Não quero ficar andando em círculos, preciso achar o meu caminho...
A vida foi feita para mais acertos, e errar o menos possível...
Vou seguindo o meu destino procurando uma saída...

Em cada lugar vou deixando as minhas pegadas...
As voltas que a vida dá. e para gente tentar concertar os absurdos cometidos...
A vida te oferece vários caminhos, basta você acerta qual o melhor para seguir...
Eu vou tentando voltar do caminho que escolhi sem pensar...
Agora to tentando mudar o meu rumo, desviar o meu destino...

Fazer um novo traçado na palma da minha mão...
Vou olhando as estrelas talvez eu veja uma que vai-me guiar...
Mais sei que vou tentando mudar, sei que a estrada é comprida da volta...
Mais vou achar um atalho um desvio por ai, e tomar o rumo certo...
Não vou-me cansar de procurar até achar o meu caminho
E quando achar eu sei que vou mudar, ah! Vou mudar para melhor...
Ernane Rezende rabiscador de poesias
Publicado no Recanto das Letras em 12/11/2010
Código do texto: T2611133









Gosto de ouvir o teu silêncio
Ele me segreda tanta coisa!
Desvenda-me seus mistérios
O teu silêncio me fala
Diz-me tudo sobre ti!

Maria Bonfá
05/04/11




Essa minha mania de você
Tira-me o juízo
E toda minha sensatez
Isso me faz tão feliz!


Maria Bonfá
05/04/11









RELACIONAMENTOS


Depois de muito meditar sobre o assunto concluí que os relacionamentos são de dois tipos: há os do tipo 'tênis' e há os do tipo 'frescobol'. Os relacionamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos e terminam sempre mal. Os do tipo frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de ter vida longa. Explico: para começar, uma afirmação de Nietzche, com a qual concordo inteiramente. Dizia ele: 'Ao pensar sobre a possibilidade do casamento cada um deveria se fazer a seguinte pergunta: 'Você crê que seria capaz de conversar com prazer com esta pessoa até sua velhice?
Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar.' Scherazade sabia disso. Sabia que os relacionamentos baseados nos prazeres da cama são sempre decapitados pela manhã, e terminam em separação, pois os prazeres do sexo se esgotam rapidamente.
Há os carinhos que se fazem com o corpo e há os carinhos que se fazem com as palavras. E contrariamente ao que pensam os amantes inexperientes, fazer carinho com as palavras não é ficar repetindo o tempo todo: 'Eu te amo...'. Barthes advertia: 'Passada a primeira confissão, 'eu te amo' não quer dizer mais nada.
É na conversa que o nosso verdadeiro corpo se mostra, não em sua nudez anatômica, mas em sua nudez poética. Recordo a sabedoria de Adélia Prado: 'Erótica é a alma'.
O tênis é um jogo feroz. O seu objetivo é derrotar o adversário. E a sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola. Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário, e é justamente para aí que ele vai dirigir sua cortada - palavra muito sugestiva - que indica o seu objetivo sádico, que é o de cortar, interromper, derrotar. O prazer do tênis se encontra, portanto, justamente no momento em que o jogo não pode mais continuar porque o adversário foi colocado fora de jogo. Termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro.
O frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca. Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la. Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado. Aqui ou os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra, pois o que se deseja é que ninguém erre. O erro de um, no frescobol, é um acidente lamentável que não deveria ter acontecido, pois o gostoso mesmo é jogar pra sempre... E, o que errou pede desculpas, e o que provocou o erro se sente culpado.
Mas não tem importância: começa-se de novo este delicioso jogo em que ninguém marca pontos. A bola: são nossas fantasias, irrealidades, sonhos sob a forma de palavras. Conversar é ficar batendo sonho prá lá, sonho prá cá. Mas há casais que jogam com os sonhos como se jogassem tênis. Ficam à espera do momento certo para a cortada. Tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo, como bolha de sabão... O que se busca é ter razão e o que se ganha é o distanciamento. Aqui, quem ganha sempre perde. Já no frescobol é diferente: o sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração.

Relacionamentos- Texto de Rubens Alves

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