RÉQUIEM AZUL HORTÊNCIA
Na manhã fria tento bordar versos , não consigo , pois a graciosidade viva de ontem ,
amanheceu agonizante .
Matizes das minhas hortências na guerra fria com o tempo, foram vencidos .
Dos galhos correm lágrimas tristes , lamentação pela sina invernal que nem começou , acompanho tudo pela fresta da finestra e nada posso fazer , a não ser , sofrer também .
O frio cortante , tirou a emoção de uma manhã que poderia ser ensolarada , assim , determinou , decidiu e fez noturnamente a dor que parece insuportável e , nenhum relógio que faz o caminhar das horas , diz :-chega , vai embora , pois o teu tempo ... ainda não começou .
E assim , o cinza brusco dilacerou com asa cortante a beleza , a morte permanece rondando e entregou-me a ausencia dolorosa do meu lindo azul hortência .
Cybelle Aimée
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