POR
QUE TE AMO ?
Porque teus braços me abrigam das
intempéries que cruzam o meu caminho.
Porque no teu ombro me deito e
enfrento os desatinos da vida.
Porque quando as estrêlas surgem,
você as abraça e transforma em buquê,
iluminando as minhas noites escuras.
Porque carregas o sol e aquece os nossos
momentos.
Porque deixamos as nossas marcas,
eternizando a nossa união.
Porque descobrimos que o canto do sabiá,
reflete na audição, a magia de estarmos vivos.
Porque conto com você, em cada segundo
que o tempo se apresenta e me faz feliz.
Porque na alegria, você está presente e
na tristeza, teu sorriso se transforma
em dádiva sublime.
Por que te amo?
Pelo teu exemplo que me inspira
a ser quem sou.
Porque ao tirar uma pedra do caminho,
a seguinte já estava sendo retirada.
Porque em alguns momentos que estavas
ausente,
você resolvia o que me atormentava.
Por que te amo?
Pela vida que mostras que vale à pena
ser vivida.
Pela ternura que envolve a nossa promessa.
Pela luta que travas para ser a alma
que pediu à Deus.
Por que te amo ?
Por seres quem és e não o ser que estava
em meus sonhos.
Porque o amor nos uniu e amamos nos amar.
É por isto que eu te amo.
AMARILIS PAZINI AIRES
A VIAGEM
A viagem não acaba nunca.
Só os viajantes acabam.
E mesmo estes podem prolongar-se em memória,
em lembrança, em narrativa.
Quando o visitante sentou na areia da praia e disse:
“Não há mais o que ver”, saiba que não era assim.
O fim de uma viagem é apenas o começo de outra.
É preciso ver o que não foi visto,
ver outra vez o que se viu já,
ver na primavera o que se vira no verão,
ver de dia o que se viu de noite,
com o sol onde primeiramente a chuva caía,
ver a seara verde, o fruto maduro,
a pedra que mudou de lugar,
a sombra que aqui não estava.
É preciso voltar aos passos que foram dados,
para repetir e para traçar caminhos novos ao lado deles.
É preciso recomeçar a viagem.
Sempre.
(José Saramago)
A viagem não acaba nunca.
Só os viajantes acabam.
E mesmo estes podem prolongar-se em memória,
em lembrança, em narrativa.
Quando o visitante sentou na areia da praia e disse:
“Não há mais o que ver”, saiba que não era assim.
O fim de uma viagem é apenas o começo de outra.
É preciso ver o que não foi visto,
ver outra vez o que se viu já,
ver na primavera o que se vira no verão,
ver de dia o que se viu de noite,
com o sol onde primeiramente a chuva caía,
ver a seara verde, o fruto maduro,
a pedra que mudou de lugar,
a sombra que aqui não estava.
É preciso voltar aos passos que foram dados,
para repetir e para traçar caminhos novos ao lado deles.
É preciso recomeçar a viagem.
Sempre.
(José Saramago)
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