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segunda-feira, 4 de julho de 2011




Talvez não
precisasse,
amar pra
te encontrar!
Talvez
fosse mais fácil,
se não te
desejasse tanto!
Talvez fosse
mais simples,
se meu
corpo não pulsasse ao te ver!
Talvez não
fosse nada de mais,
apenas te
ver sem que ficasse mudo!
Talvez
melhor que nem existisse amor,
que me
fosse indiferente o teu chegar!
Talvez...
Talvez eu
não fosse poeta!
Talvez...
Talvez não
fosse homem!
Talvez...
Talvez não
fosses tu, mulher!
Talvez...
Diga isso
ao meu coração,
Talvez ele
acredite!

Luiz wood



No meu
quintal,

recolhido atrás da casa,
tem pedra, tem grama,
tartaruga tímida e pomar,
tem cerca mal ajambrada,
tem escondido o teu olhar.


No meu quintal,
bem ali, no portão de entrada,
tem a roseira espinhada,
caracóis e formigas atarefadas,
algumas margaridas desfolhadas,
de tanto bem ou mal-me-querer.


No meu quintal,
escondido no porão,
tem cogumelos aflitos,
restos de vida, tem escuridão,
e porque não tem seu sorriso,
... é repleto de solidão.

Luiz wood



Não te amo só porque te amo,
te amo porque se chama amor,
te amo porque me canta a alma,
te amo, porque se me cala... ouço. 


Não te amo só porque te amo,
te amo porque conta histórias,
te amo porque me é a própria vida,
te amo, porque é, se quiser... a própria morte. 


Não te amo só porque te amo,
te amo porque me segue a estrada,
te amo porque me respira o próprio ar,
te amo, só porque te amo.
... não só porque te amo. 

Luiz wood



Somos iguais,
eu e você.
Olhamos a mesma rua,
e nunca sabemos por onde ir.
Pensamos o mesmos atos,
e nunca temos a exata intenção.
Somos iguais,
eu e você.
Em cada grito preso,
sou igual a você.
Em cada desejo solto,
és igual a mim.
Somos iguais,
eu e você.
Em cada ferida ardida,
caminhamos.
Em cada deserto árido,
paramos.
Somos iguais,
eu e você.
Em todos os pesadelos,
choramos.
Em cada sonho,
rimos.
Eu e você,
somos iguais. 

Luiz wood



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