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quinta-feira, 7 de julho de 2011

UM RASGO DE VERDADE

Toda a poesia veste-se de branco e negro,
veludo em trajes de andorinha,
sorrisos de dor,
mágoa aquecida,
no fervor das palavras,
desdobradas em véus,
na luz da fração da emoção,
temperaturas intimas do sonhador…
Desenhos imaginários,
cenários metafóricos,
gemidos rasgados,
no crepúsculo das luas confidentes.

Toda a poesia,
tem um tom de magia,
deitada pelos dedos,
absorvida pelo olhar,
do locutor ao locatário,
um rasgo de verdade,
em fragmentos dispersos,
diversos nas inóspitas vozes,
caladas no papel…

(Ana Coelho)







AGONIA

Sozinha caminho
entre esquinas perdidas
indago a mim
o que eu queria.

Não sei...me respondo
é só um momento
que indago e pergunto
à qual não entendo.

Dúvidas me cercam
respostas procuro
não sei como ficam
me encaro e confiro.

Será que é isto?
ou é melhor aquilo
analiso e comprovo
o que a mim vem de encontro.

O melhor resultado
é a minha alegria
achei a resposta
para a minha agonia.

 Amarilis Pazini Aires














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