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quarta-feira, 31 de agosto de 2011




O POEMA DESESPERADO

Aqui estou eu me recordando de você
O vento sopra vadio e corta minha alma...


Solitária como as montanhas ingremes
Tento me aprumar pra não rolar, rolar...


Notas de uma canção ecoa dentro de mim
E o teu fantasma se faz quase presente...


As aves sobrevoam a minha cabeça silenciosas
Ensaiam um voo rasante e me observam...


Posso chorar sem chamar a atenção, sem pena
Posso sangrar até me encher de mágoas...


Teu rosto é real aqui na minha mente
Expulso uma vontade de escrever poemas


E um desespero de versos sai da minha boca
Hoje sem nada pra dizer me quedo muda...


Queria a tua falta mas não a morte
O gelo dessa boca destruindo os bejos!...


Dorothy de Castro  Orgasmo Poético








MOTIVO

Por tudo aquilo que eu fui, que eu sou, e serei
Na distância em que o infinito me guarda...
E por tudo aquilo que eu ainda nem sei
E do que serei nessa vida que me diz amada
Mesmo assim, às vezes solidão, outras amor,
Mesmo assim, agora sem nada, sem fulgor,
Sem que os dias amanheçam sorrindo,
Sem que à tarde seja de calor, seja sem ar,
Sem que à noite não me tenha o luar,
Mesmo que as cantigas me cantam ferindo,
E os pássaros não voam, as flores não cheiram
E o mar seja cinza, e o sol não aquece...
Eu sei, que tudo é dos céus que me queiram
Sorrindo a prova do que em mim apetece
Sem que num adeus eu venha a abandonar
Aquilo que me foi dado, que me é, que me será
Um viver sem dor, de paixão e de glória...
Por tudo isso, hoje, me deixa a memória
Que sonhos não morrem e esperança é amar.

(Poeta Dolandmay)



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