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segunda-feira, 15 de agosto de 2011



                      Olhos de mar

Hoje me peguei parada à sentir
os raios de sol que penetravam suaves
através das cortinas claras do meu coração.
Hoje eu estava aqui lembrando de mim...
E no remoer das lembranças,
algumas ofuscadas pela falta de não ter sido,
me pus à maldizer,com olhos de sal,
o caminhar ligeiro da vida rumo ao amanhã,
para enfim,a morte encontrar.
Olhos de mar.
De revôltas ondas à quebrar
 no cais escuro da minha saudade.
Meias verdades aportam por lá.
Nunca hei de saber o que poderia ter sido,
quando vindo em direção oposta àquilo que foi.
O que chamam de passado,é a dolorosa
certeza das possibilidades impossíveis...

                                       Viviane B. Pinheiro

 Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas ...
Que já têm a forma do nosso corpo ...
E esquecer os nossos caminhos que nos levam
sempre aos mesmos lugares ...
É o tempo da travessia ...
E se não ousarmos fazê-la ...
Teremos ficado ... para sempre ...
À margem de nós mesmos...
(Fernando Pessoa)

Uma Semana abençoada!!!
bj na alma!!!
♥ 



 








Você é meu cheiro,
De re-começo.
 O vício, que arrepia a pele.
 Meu chão no ar .......
 
ManyPallo





Escolhas erradas


Às vezes procuramos estradas
Onde apenas há matas fechadas,
Procuramos saciar a sede
Onde há apenas rochedos,
Procuramos sombras
Onde há matas rasteiras,
Buscamos saciar a fome
Com alimentos venenosos,
Queremos esconder dos raios
Embaixo de arvores.
E assim,  nos perdemos
E até morremos
Pelas escolhas erradas
Que quase sempre fazemos.

Ataíde Lemos






Notas...

Os olhos quando se abrem...
abrem em sintonia.
É a luz direcionada para o palco
onde tocam a sinfonia.

Os ouvidos se afinam
quando ouvi o erudito
que por sua vez já esteve no
topo e em uma época
já foi ouro fino.

O popular é a peça de encaixe
é o fio condutor
do bate palmas ao arrasta pé,
sons enraizados muitas vezes
composto pela fé.
Do folclore a caantigas de rodas,
como faz bem...
ouvir estes amontoados de notas.


MelzinhaAprendiz


Alquimia


Chove lá fora
e tua boca suavemente 
suspira na minha

Teu beijo 
chega úmido
e abarca meus lábios

Ardente
mistura o cheiro 
da terra molhada
ao silêncio agridoce
da sua saliva

Morno
silaba versos
recita sonhos


Vanderluza T. de Albuquerque




Ela me chamava de sol, e era
quase lua. Tinha uma luz quase que azulada. e me chamava de sol.

Eu quase não à percebi, mas ela estava lá, paciente
como a lua...quase azulada. Suas mãos eram brancas, muito brancas, dedos
compridos, como os dedos de quem toca piano. e ela me acenava, e me chamava de
sol. Quando enfim percebi, saí do meu quarto escuro, fui pra rua, atendendo o
seu chamado. Ela me chamava de sol. ela era quase lua! de uma forma sutil foi
me seduzindo cada dia mais com suas mão brancas, seus dedos longos que me
acenavam e me seduziam. Me tirou do lugar escuro em que eu estava. me trouxe para
a rua. me disse que me amava. que me queria pra ela. que precisava de brilho. Ela
me chamava de sol, e ela era quase lua. Tinha uma luz azulada. E o quarto
escuro, deixou de me possuir. Era um quarto de Allan Poe. escuro. e ela me
trouxe pra rua. me acenou com suas mão brancas. me chamava de sol. e ela era
quase lua...tinha uma luz azulada...era quase lua! agora que me acenou e eu
atendi ao seu chamado, estamos ambos sol e quase azulados.....quase lua. Estamos
sol. e ela ainda me chama....sol!

"...e a minha alma para fora dessa
sombra...que flutua sobre o chão...não se levantará...NUNCA MAIS ...." (O
CORVO - Edgar Allan Poe )



Estive por ai caminhando....
buscando o poema de outono! procurando por folhas
caídas! em busca do silêncio de outono!
E vi pessoas. pessoas silenciosas, pessoas de
outono! vi as ruas que nunca terminavam. vi pessoas silenciosas, pessoas que
caminham por ruas que não terminam, pessoas de outono! Caminhei e procurei por
canções, caminhei e procurei em todos os cantos, cada curva, cada gaveta, cada
desejo, eu procurei. e vi apenas o silêncio, pessoas que falavam, mas não
conversavam, ouviam e não escutavam, apenas o silêncio! musicas que não
cantavam, notas que não tocavam, pessoas, só pessoas e o silêncio das pessoas
de outono! eu caminhei e procurei. estive no mêtro, e vi as paredes pichadas
dizendo do novo deus que virá. igrejas lotadas, pessoas procurando o deus que
já se foi.
E tudo era outono e silêncio. e eu caminhei por ai
procurando....os poemas de outono!
Ergui a gola do meu casaco, frio, frio e congela
os ossos, congela a alma. eram ruas estreitas, meus passos fizeram barulho
quando meus passos insistiram....caminhei pelo outono, caminhei pelo
silêncio... e procurei.
no outono estive caminhando e procurando....
os poemas de outono!

Luiz wood



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