Entre as dormidas que você quer...um corredor de mãos desejosas...de bocas loucas!
Venha por ele e conte uma coisa linda pra mim!
me conte onde encontro suas mãos e pés distantes?
de onde vem esse olhar quase dormindo?
assoalhos rangidos pelos seus pés, a me ninar, mulher!
em gemidos que não tem fim....
em flor e partidas clamadas nas mãos de boiadeiros e laços loucos...feitos com os fios dos seus cabelos, quase patria minha...
corredores dormidos, estrada que não tem fim!
candieiros enfim...luz a me iluminar!
Luiz wood
- Dia de Deus e coração!
- Dia de ave Jesus e janelas!
um menino de coração, companheiro de estradas e rodagens, dissabores e visão!
- Deus te guarde nessa tarde de coração e vento, de acordes e canção.
veja essa lua cheia e lenta de vagar o pensamento tão lento o seu vagar.
- Salve Reis e essa casa!
bem vindo seu estandarte e devoção, venha pra janela, musa melodosa! ouça a minha voz e devoção!
- Amém meu Deus e o seu amor!
aves voam em volta da chuva dos teus olhos tão lindos e fazem revoar o sol pra dentro do mundo tal e qual, ah! voem aves...voem pra dentro de mim sol! e você lua inspirada e lenta passarada.
ah! quanto sabor na sua boca!
Luiz wood
era soleira, era noite, era quintal e lua grande!
um pé de rosa se enamorava do luar e a conversa se ia longe, conversas de nada, palavras soltas (pareciam vento), sua boca dizia ventos/palavras...me fazia respirar o vento noturno e brilhoso de lua.
mãos se tocavam em gestos descuidados e olhares em descuidos quase que estudados.
toda uma noite estrelar, só por você estar, só por você tocar e olhar.
de lá de dentro um cheiro de casa habitada por quem se ama, um quarto de panos, outro de lençois, lá dentro e aqui dentro...de nós.
e nessa noite fomos e somos tão somente soleira, noite, quintal e lua grande!
uns quartos de pano e outro de lençois... e a nossa vida toda.
ah...minha vidinha toda!
Luiz wood
No caminho que seguia o ouro, agora caminha o couro...êêê boi.
vai boi...êêê booooiiii...
clareia estrada e curva, saudade e chuva, capoeira e o som da gente,
êêê boi...segue o couro do ouro...êêê boi, no lombo do boi, na veia do boi,
clareia sol, lumia lua, escurece cantador...êêê boi...
vou comprar o seu vestido novo, tão chita, tão cor, vou buscar pra você um vestido novo, tão vermelho, feito a sua boca...
êêê boi....hoje nós vamos pra festa do boi...
estou chegando da lida, seja perfume e cor, hoje seremos a festa...
êêê boi...meu amor me espera...
êêê boi...
teu homem chegou da lida, com um vestido novo.
teu homem chegou...
Luiz wood
O teu olhar é jardim.
onde o meu pousa enfim,
como pousaria em flores,
se tu fosse flor,
e eu, um poeta a te colher,
a te desfolhar em pétalas,
de apenas bem-me-quer!
Os teus olhos têm cores,
todas as da madrugada acordada,
e eu querendo apenas te olhar,
e nunca mais dormir....
O teu olhar é primavera,
uma tarde toda a te pousar,
deixar repousar em ti,
....o meu corpo inteiro!
Luiz wood
...quando a alma da gente se encanta,
não há remédio amargoso que dê jeito....
o único jeito é amar..
o jeito que se dá, é jogar fora o amargor...
“a alma da gente tem jeito não...quando ela desembesta à amar”
Luiz wood
Meu Sol Azul
Raramente penso em ti
Chegou a hora do que sempre desejei
ainda tenho tempo - mas é urgente
Bebo a liberdade, ao sonho que sonhei
as taças se quebram com o brinde ?
- E dai ?
fui eu quem quis assim e essa será minha fábula
- contada por mim.
Tudo que antes era absoluto delíro
ficara comigo pra sempre
odiado, amado
e irremediavelmente feliz
(Cibele Camargo)
A Perfeição
O que me tranqüiliza
é que tudo o que existe,
existe com uma precisão absoluta.
O que for do tamanho de uma cabeça de alfinete
não transborda nem uma fração de milímetro
além do tamanho de uma cabeça de alfinete.
Tudo o que existe é de uma grande exatidão.
Pena é que a maior parte do que existe
com essa exatidão
nos é tecnicamente invisível.
O bom é que a verdade chega a nós
como um sentido secreto das coisas.
Nós terminamos adivinhando, confusos,
a perfeição.
é que tudo o que existe,
existe com uma precisão absoluta.
O que for do tamanho de uma cabeça de alfinete
não transborda nem uma fração de milímetro
além do tamanho de uma cabeça de alfinete.
Tudo o que existe é de uma grande exatidão.
Pena é que a maior parte do que existe
com essa exatidão
nos é tecnicamente invisível.
O bom é que a verdade chega a nós
como um sentido secreto das coisas.
Nós terminamos adivinhando, confusos,
a perfeição.
Clarice Lispector
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