Começa a perdição flagelo dessa alma
Calma não mais existe eu sou poeta triste
O peso das angustias já são pronuncidas
Não podes entender o canto adormecido
Hás de volver os olhos ao nosso amor passado
Hás de provar o amargo dos pobres beijos meus
No declinar da idade o sangue corre lento
E atento os meus ouvidos aos cantos de um bordel
Onde Gardel lamenta um tango milonguero
Eu te ofereço o ópium e o vinho da loucura
E tudo se mistura no sangue derramado
Na farra e no pecado onde esse amor nasceu
E dentro da volúpia e da paixão funesta
A festa só começa quando nasce o verso
E o meu poema geme à suplicar o teu!...
Dorothy de Castro
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