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sábado, 8 de outubro de 2011











Uma saudade que faz os olhos brilharem por alguns segundos
e um sorriso escapar volta e meia,
quando a cabeça insiste em trazer a tona
o que o coração vive tentando deixar pra trás.

(Caio Fernando de Abreu)









TEMO
 
Temo perder as palavras
Quando o ontem,
 Invade meu hoje.
 E a serenidade que sinto agora
 Se contamine,
 Com os silêncios asfixiado,
 Que na pele o ontem,
 Meu corpo viveu.
 
 ManyPallo
 
 
Prezado Senhor,
Escrevo para saber
Se tem algo à me dizer
Sobre aquele nosso amor...

Sobre os abraços e os beijos,
E os inventados desejos
Que você sempre jurou...

E aquelas palavras loucas
Que escutei da sua boca,
Cada tarde combinada...

Me diga onde foi parar,
O seu jeito de gostar
De tantos e tantos anos...

E as juras que trocamos,
Foram falsas, meu senhor?

Se não me amou,
Foi capricho, então...
Atira no lixo,
A minha carta de amor!!!

Dorothy de Castro-
 


 
AMOR OCULTO
Eu nunca vi você, nunca estive com você!!!
Mas meu coração conhece o seu,
E faz com que eu te sinta real,
Com que seja aquilo que sempre idealizei,
Com que seja tudo aquilo que sonhei
É magia, sonho, fantasia...
Escuto sua voz no meu ouvido,
Sussurrando palavras doces, amigas, carinhosas...
Palavras de conforto, de alegria,
Palavras que me aquecem...
Que me fazem sonhar...
Sinto seus braços me envolvendo...
Me tocando, acariciando, apertando...
Mesmo longe, sinto sempre você pertinho de mim.
Espero que nunca, nunca você deixe de existir
Porque enquanto você estiver ai
Eu nunca estarei sozinha aqui!!!
(Giselda Diamantino) 


SERENATA

Repara na canção tardia
que timidamente se eleva,
num arrulho de fonte fria.

O orvalho treme sobre a treva
e o sonho da noite procura
a voz que o vento abraça e leva.

Repara na canção tardia
que oferece a um mundo desfeito
sua flor de melancolia.

É tão triste, mas tão perfeito,
o movimento em que murmura,
como o do coração no peito.

Repara na canção tardia
que por sobre o teu nome, apenas,
desenha a sua melodia.

E nessas letras tão pequenas
o universo inteiro perdura.
E o tempo suspira na altura
por eternidades serenas.

(Cecília Meireles)


Nem o viver discreto impedirá a torrente de almas
que me rasgam de fora para dentro
o limite de céu que trago no peito.

( Fernando Ribeiro)

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