Ah Pessoa
que disseste : "Dá-me vinho
que a vida é nada",
Quanta verdade embutida,
Nessa frase embriagada!
Vinho tinto como o sangue
Derramado sobre a cruz...
E quem nunca adormeceu,
Com o hálito de Bacco
Soprando no seu juizo?
Depois de fazer amor,
Em negros lençois de seda
No doce torpor do vinho...
Num quarto, à meia luz,
Com a cabeça rodando,
Vou repetindo seus versos...
Em extase... apaixonada...
Dá-me Pessoa seu vinho,
Dá-me, porque a vida
É nada !!!
Dorothy de Castro
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