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terça-feira, 2 de novembro de 2010





A flor que já murchou, a nossa mão,
Joga na terra, onde surgiu, um dia.
A espera de que o tempo em que vivia
Desfaça suas pétalas, no chão.

Mas se você prestar bem atenção
Perceberá o que antes nem sabia:
Morta, o seu perfume ainda esparzia,
Como se fosse o adeus de um coração.

E então o vento chegará, levando,
O resto que era flor, despetalada,
Até se desmanchar, agonizando.

E eu nunca esquecerei a flor sumida:
Pelo perfume ela será lembrada,
Pela beleza sempre terá vida


(Théo Drummond)


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