Sonhei contigo quando a flor da vida
Se abria aos poucos em meu frágil peito,
Quando em quimeras me perdia errante
Quando de prantos orvalhava o leito!
Criança ainda, de meu perço à borda
Via - te a imagem debruçar - se rindo;
Depois, mais tarde, no rumor das cortes
Passar nas luzes de um fulgor infindo!
Amei te sempre! procurei debalde,
Visão etéria, te apertar no seio!
Transpus as plagas, visitei mil povos,
Banhada a fronte de celeste enleio.
Nunca encontrei - te! mas agora, agora
Que tens - me preso nos teus doces laços,
Mostra - me o mundo que sonhei contigo,
Depois procura me fugir dos braços!
Oh! não me deixes! é divina a plaga
Que me apontaste d'amplidão no véu,
Não partas! fica, viveremos juntos
A'luz etéria desse infindo céu!
Fagundes Varela Poesias
Você
Tatuou marcas
Dentro de mim...
Marcas profundas
Que jamais
Se apagam no tempo...
Metade de mim,
Já não sinto mais...
A outra metade
Derrama em solidão...
Tatuou marcas
Dentro de mim...
Marcas profundas
Que jamais
Se apagam no tempo...
Metade de mim,
Já não sinto mais...
A outra metade
Derrama em solidão...
Dolce Bárbara
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