NO ALÉM DO TEMPO
Queima-me a pele o dia de sol ardente
Que virá a mim num instante marcado
Pelos anseios d’um coração escravizado
Que por mim prendeu-se completamente...
Queima-me a pele o amor entre a gente
Que é fogo, que é desejo, imaginado
Pelos gritos d’um querer próprio sufocado
Que de paixão estremece inteiramente...
Fez-se em mim estas chamas tão vivas...
Por tudo em vontades, em brasas cativas
No dia que em mim o amor foi prescrito!
Fez-se em mim tão puro estes enganos...
Um real não vivido, mas afim, sem danos,
D’um amor que me jura ser pro infinito!
(Poeta Dolandmay)
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