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segunda-feira, 18 de julho de 2011






C I O

Nos seios afogueados
O tremor do gozo teu
Quando te enleias nos meios...


Reparto os dois  te recebo
Me lambes depois me mordes
À moda espanhola ardente...


Mordedura dos teus dentes
Entre meus pelos pentelhos
Gotículas delinquentes...


No esmaecer da noite
Nas fendas por entre as pernas
No ejacular da luxúria...


Meu colibri entre as flores
Menstruadas de vermelho
As mãos crispando em desejos...


Tua boca ardendo em beijos
Me contorço e olho no espelho
Meu ventre molhando amores!...


Dorothy de Castro  Orgasmo Poético


APENAS O AMOR

De um peito largo que eu adoro tanto
Queria o encostar sem  medo algum
Da boca que me encanta quando beija
E quando fala enamoradamente
Que me precisa que me quer demais
Talvez eu seja então a sua paz
E um coração que busca o acalanto
A madrugada fria que desponta
A cor dos olhos que me deixa tonta
Seja esse homem aquele que deseja
E seja o seu amor o que não mente
E se não for não há de ser nenhum
A solidão os versos meus poemas
Onde um amor deseja  o amor apenas!!!

Dorothy de Castro  



Como tentar fingir não
sentir o que eu sinto?


se nas minhas entrelinhas você já
sabe,


já adivinhou os meus sorrisos e
gestos.


Como tentar dissimular o óbvio?

se nos teus braços sou tão evidente,

mapa claro das rotas que traço pra
chegar até você.


Então digo por metáforas,

que é onde os poetas se escondem.

Assim dessa forma, quando os meus
versos dizem,


mar, lua, sol, abismos e pontes,

quando eles gritam olhares, beijos e
desejos,


quando eles pedem carinho, abraços e
volúpia,


No fundo é só seu nome que escrevo. 

Minha metáfora mais perfeita,

quando digo "te amo"....

é a minha própria vida pensando...

em você!

Luiz wood


Oi noite!
podemos conversar?
tenho tanto à te contar,
tanto pra você saber,
tenho tanto de você noite,
que quase somos um só,
eu e você, noite!
Venha, sente-se aqui,
temos a mesa,
temos a bebida,
temos tanto e tanto,
mas não temos paz,
nem temos paz...e paz!
Só a paz da noite,
Mas sente-se,
quero beber você,
taça enorme e cheia de estrelas,
e de ventos....
ventos noturnos!
Venha noite,
vamos brindar ao novo Deus,
os homens acabaram de inventar um novo Deus,
ele é azul, às vezes,
noutras, vermelho,
vermelho, o novo Deus é vermelho,
como os meus
olhos,
E você, noite, não tem olhos,
mas mesmo assim,
me enxerga tanto!
Venha noite,
vamos beber e brindar,
Tim tim....à
nossa loucura.
ao novo Deus vermelho,
meu Deus!!!! inventaram um Deus vermelho....
um Deus de plástico, e mudo,
e vermelho!
Venha noite....
sente-se aqui,
hoje seremos só nós dois,
ela se foi embora...
ela foi embora, noite,
ela se foi e estamos sós, noite,
eu e você!
Luiz wood



...tantas madrugadas,
que nos perdemos, sem encontrar,
que nos beijamos tanto,
a minha boca nunca mais foi a mesma...
minhas mãos sentiram tanto os teus seios,
que não conhecem mais outras formas,
meu cabelo se enroscou com o
teu,

e amarrados, dormimos juntos,
teu cheiro pela nossa janela aberta,
fez corar as flores do jardim,
e seus olhos, olharam tanto os meus,
que quando não os via, era cego,
as roupas em bagunça,
jogadas,

pareciam exaustas também,
e por fim, tontos ao levantar,
te banhava de sabão e luar,
a minha língua, toalha suave,
te aquecia e convidava,
venha....deite-se aqui,
o sol já vai sair.....
....tantas madrugadas!

Luiz wood


Tua boca 
Depois que o sol nasce 
tua boca tateia
a porosidade da minha pele 
Cálida escorrega 
pelo silêncio úmido 
dos meus desejos
Macia desfolha palavras
singra o mar
cala o vento
orvalha vãos
sopra afagos
e acende o meu dia

Vanderluza T. de Albuquerque


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