Enquanto a cidade dorme
Enquanto a cidade dorme.
Enquanto dorme a cidade.
Eu sinto uma ânsia enorme,
Que me toma, que me invade .
Pois vejo quanto é disforme
O que eu tenho vontade
Enquanto dorme a cidade.
Eu sinto uma ânsia enorme,
Que me toma, que me invade .
Pois vejo quanto é disforme
O que eu tenho vontade
Carrego em mim um drama,
Que me prende em sua grade.
- Eu amo quem não me ama-
Mas tenho necessidade
De um amor de viva chama,
E não só pela metade.
E que passe alem da cama
E chegue a eternidade.
Jenario de Fátima
Os poemas não nascem selados.
Eles cantam, dançam, voam
Tantas vezes inebriando as margens
das páginas de quem os escreveu...
Estes poemas não me pertencem.
Nasceram livres,
Fiéis aos olhos de cada continente
Onde lançam âncoras silenciosas...
Estes poemas são flores
no vaso, no campo, nos barcos
Estes poemas são teus!
É qualquer alquimista à meia-noite,
É uma vela na soleira da porta,
São segredos do deserto meu...
Com o passar dos anos,
escorre tinta pelas mãos,
Éter, fogo, asa ritmada.
Este poema vaga
Sob a luz
de um velho lampião...
(Márcia Cristina Lio Magalhães)
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